Pesquisa da UFMG quer avaliar qualidade da assistência obstétrica em Belo Horizonte
Mulheres que receberam alguma assistência durante o pré-natal, parto ou pós-parto podem responder o questionário
A pesquisa Percepção das mulheres sobre a assistência obstétrica tem como objetivo ouvir gestantes e mães que receberam algum cuidado durante a gravidez, parto ou até um ano após o término da gravidez, na cidade de Belo Horizonte, a fim de investigar as taxas de mortalidade materna e infantil, identificar problemas e aprimorar a assistência obstétrica oferecida na capital mineira.
A má assistência obstétrica é um problema de saúde pública relatado por brasileiras. No Brasil, a razão de óbitos de gestantes e de mulheres no pós-parto foi de 60 para cada 100 mil bebês nascidos vivos, em 2019. A pesquisadora do departamento de Demografia da Faculdade de Filosofia da UFMG Raquel Zanatta Coutinho e a aluna de mestrado na Faculdade de Medicina Fabiana Guimarães, em entrevista à TV UFMG, estimaram que esse índice deve aumentar em decorrência do impacto da covid-19. De acordo com o Comitê Estadual de Prevenção à Mortalidade Materna, Infantil e Fetal de Minas Gerais, foram notificados no Estado, até começo de março de 2021, 146 casos de óbitos de mulheres entre 10 e 49 anos ocorridos durante a gravidez, parto ou até um ano após o término da gravidez, independente da causa.
Por isso, mulheres que tiveram filhos entre 2018 e 2021 e que receberam cuidados durante o pré-natal, parto ou pós-parto ou ainda que passaram por situações gestacionais de perdas ou abortamentos são convidadas a responder o questionário anônimo, virtual e autoaplicável. O estudo é realizado no Mestrado Profissional em Promoção da Saúde e Prevenção da Violência do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG em parceria com o Departamento de Demografia e o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG. Os resultados preliminares serão divulgados em setembro deste ano.
Confira a reportagem da TV UFMG:
(Equipe: Olívia Resende (produção, reportagem e edição de conteúdo); Ravi.k Gomes (imagens); Marcelo Duarte (edição).