Pesquisa da UFMG relaciona reabilitação vestibular e aumento na qualidade de vida de idosos
Tese defendida na Faculdade de Medicina visa incentivar a reabilitação vestibular para melhora da cognição geral dos idosos
Idosos com disfunção vestibular apresentaram melhora da cognição geral e das habilidades de orientação, memória, habilidades aritméticas, linguagem oral e escrita, praxia e funções executivas após a reabilitação vestibular, segundo mostra tese defendida no Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Saúde do Adulto da Faculdade de Medicina UFMG.
Conhecida como tontura, a disfunção vestibular acontece quando o sistema vestibular, responsável pelo equilíbrio geral do corpo, está em alteração causando sensação de movimento errônea. Sendo mais comum no idoso, pela perda de células e neurônios, os sintomas são de fácil reconhecimento: sensação de rotação de cabeça ou do ambiente, podendo estar associada a zumbido, dor de cabeça e enjoos.
“O ideal é consultar com o médico otorrinolaringologista para identificar se a tontura é devido a um problema no labirinto, dependendo do caso, utiliza-se medicação no momento de crises intensas de tontura, mas o ideal é o fonoaudiólogo coordenar a reabilitação vestibular para o tratamento”, afirma o autor do estudo Marlon Ribeiro.
Além da melhora do equilíbrio e diminuição da tontura. Para o pesquisador, “é muito importante para a pessoa diagnosticada saber que existe tratamento e que os medicamentos são apenas analgésicos, que não curam a doença, e por meio da reabilitação vestibular, é possível habituar e compensar o labirinto aos movimentos do dia a dia”.
A partir desses resultados observa-se aumento na qualidade de vida desses idosos, uma vez que voltam a exercer as atividades normalmente, como sair na rua e levantar da cama. “Alguns pacientes relataram uma melhora na autoestima depois do tratamento, pois puderam voltar a dançar forró sem sentir tontura, se sentindo mais ativo”, explica.
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