Pesquisa UFMG: inteligência artificial pode ser uma ferramenta de auxílio na saúde coletiva
Estudo que utiliza o ChatGPT como ferramenta de acesso a informações é uma das vencedoras de bolsa financiada pela Fundação Bill e Melinda Gates
Uma pesquisa realizada por um doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Aplicadas à Cirurgia e Oftalmologia, Henrique Lima, e pela professora Vivian Resende, do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, foi uma das vencedoras do Grand Challenges, uma iniciativa que promove a inovação para resolução de problemas urgentes de saúde e desenvolvimento global, financiada pela Bill & Melinda Gates Foundation. O estudo em questão foi intitulado como Large Language Models in Healthcare: an Assessment of Quality (Grandes Modelos de Linguagem em Saúde: uma Avaliação da Qualidade).
Se utilizada de forma justa e responsável, a inteligência artificial tem potencial para auxiliar na resolução de alguns dos maiores problemas do mundo, assim, reduzindo a desigualdade social. É o que propõe a pesquisa de Henrique. A ideia final é treinar uma inteligência artificial de forma que ela seja adaptada aos contextos de saúde de todo o mundo, até mesmo de países mais pobres e com condições mais vulneráveis.
Pensando na dificuldade de acesso à medicina especializada em muitos casos, principalmente em países subdesenvolvidos, o intuito da pesquisa é desenvolver uma ferramenta confiável para a avaliação da qualidade das respostas de grandes modelos de linguagem a perguntas comuns sobre condições de saúde materna.
“É uma oportunidade grande termos acesso a uma instituição com tamanha reputação e que se propõe a auxiliar no fomento de projetos com impacto mundial. Esse prêmio é um reconhecimento importante, que confirma que a nossa ideia é interessante e que estamos no caminho certo”, afirma Henrique.