Pesquisadora mexicana fala na UFMG sobre o impacto da tipografia na escrita indígena

Além de conferência, Marina Garone vai ministrar minicurso e participará do lançamento da rede latinoamericana de cultura gráfica

O Programa Cátedras Fundep/Ieat da UFMG recebe, de 1º a 4 de abril, a professora Marina Garone Gravier, da Universidade Nacional Autônoma do México. A professora será recepcionada pela professora Ana Utsch, da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG.

A pesquisadora participará de quatro eventos na Universidade. O primeiro deles será um minicurso de bibliologia no dia 1º de abril, das 14h às 18h, no Laboratório de Conservação-Restauração de Documentos Gráficos e Fílmicos (LaGrafi), da EBA. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail museuvivomemoriagrafica@gmail

No dia 2 de abril, Marina Gravier vai ministrar a conferência Línguas indígenas e tipografia: um desafio para a edição colonial, a partir das 15h, no auditório 1007 da Faculdade de Letras. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas por meio de formulário eletrônico. A conferência será em espanhol, sem tradução simultânea.

Estratégias e códigos textuais

A arte da tipografia chega ao Novo Mundo para viabilizar a produção, principalmente de livros em inúmeros idiomas indígenas das Américas. Para publicar essas obras, foi necessário levar a cabo uma série de estratégias técnicas – materiais e mecânicas – e estabelecer códigos textuais. "O trabalho editorial gerou vários processos conceituais, técnicos e econômicos que tiveram impacto direto na consolidação da matéria escrita e da produção impressa de obras em línguas indígenas", afirma Marina Gravier. Em sua conferência, ela vai apresentar casos e evidências visuais de livros impressos durante o período colonial para ilustrar o impacto que a imprensa teve na consolidação das formas escritas das línguas nativas da América.

Marina Gravier participa, no dia 3 de abril, a partir das 14h, do lançamento da Rede Latinoamericana de Cultura Gráfica, no Auditório Professor Luiz Bicalho, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. No mesmo local, a partir das 17h, ela vai falar sobre La importancia del diseño gráfico y la cultura visual en la historia de la edición

Sua estada será encerrada no dia 4 de abril, com a participação na mesa-redonda Perspectivas para os estudos editoriais na América Latina, às 15h, no auditório 2001 da Faculdade de Letras. As atividades, gratuitas, não exigem inscrição.

Trajetória

Marina Garone Gravier é doutora em História da Arte, pesquisadora do Instituto de Investigaciones e uma das coordenadoras, junto com a professora Ana Utsch, da UFMG, da Rede Latino-americana de Cultura Gráfica. Delegada da Society for the History of Authorship, Reading and Publishing (Sharp), trabalha com história do livro e da cultura gráfica no México e na América Latina e as relações entre artes gráficas e gênero.

Essa é a segunda visita da professora à UFMG. Em 2014, ela participou do Fórum Patrimônio Gráfico em Movimento, evento bianual realizado em Diamantina. Desde então, tem participado de uma série de colaborações materializadas em publicações e organização de seminários, entre outras iniciativas. Mais recentemente, em 2017, participou da criação da Rede Latinoamericana de Cultura Gráfica. A rede é resultado da cooperação da Universidade Nacional Autônoma do México com a UFMG no campo dos estudos sobre a história do livro e a cultura escrita.

Outras informações podem ser encontradas no site do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (Ieat).

Portal UFMG

Fonte

Assessoria de Comunicação do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT) da UFMG

(31) 3409-6653 / 3409-4123

www.ufmg.br/ieat

Serviço

Marina Garone Gravier na UFMG

De 1º a 4 de abril de 2019