A sessão comentada, desenvolvida para a programação do Novembro Negro, refletirá sobre os saberes astronômicos de diferentes povos africanos

O céu sempre foi um berço natural para a espiritualidade dos seres humanos. Não são poucos os exemplos de povos e civilizações que depositaram sua fé nos céus e cultivaram nas estrelas e na noite seus sonhos e também esperanças. Mesmo assim, por conta da supervalorização dos saberes astronômicos produzidos na Europa, houve distanciamento das relações de outros povos com a astronomia, tão interessantes quanto as dos povos europeus.

Em diálogo com essa premissa de expandir os horizontes e também em alinhamento com o mês da consciência negra, o Planetário do Espaço do Conhecimento da UFMG apresentará pela primeira vez, no dia 18 de novembro (sexta-feira), às 18h, uma sessão comentada que abordará as perspectivas de alguns povos africanos, como  Zulus, Bahimas e Tabwas, sobre os corpos celestes, além de suas culturas astronômicas. As sessões voltam à exibição nos dias 19 e 20, às 16h.

Diógenes Pires, professor de física e assistente do Núcleo de Astronomia do museu que ministrará a sessão, comentou sobre a pluralidade das ciências e do conhecimento e a importância do contato com outros produtores de saberes. “Ciência não é feita só pela visão europeia, ela é feita também por outros povos (...). A ideia é mostrar que muitos objetos que nós enxergamos de determinadas formas, vários povos também enxergavam.” 

Na apresentação, haverá a reflexão sobre como os mesmos objetos, como a Lua, o Sol e o Cruzeiro do Sul, iguais para todos que observam o céu, geram diferentes interpretações nessas culturas distintas, além de se relacionarem com os ciclos de tempo e dos cotidianos particulares de cada povo. 

Serão três dias de apresentação que acontecerão no planetário do museu, localizado no quinto andar do Espaço do Conhecimento UFMG. 

Redes Sociais: Instagram: @espacoufmg  / Twitter: @espacoufmg /  Facebook: espacodoconhecimentoufmg 

Serviço:

Afrocosmo - sessão comentada no Planetário

Quando: 18/11 às 18h; 
19/11 às 16h
20/11 às 16h

Público: crianças a partir de 7 anos de idade, jovens e adultos

Número de vagas: até 65 pessoas 

Ingressos: inteira: R$10; meia: R$5 (pagamentos apenas no cartão de débito)

Onde: Espaço do Conhecimento UFMG - Praça da Liberdade n. 700, Funcionários - BH/MG

Descrição: o céu noturno e os movimentos cíclicos de seus elementos sempre foram usados por diversas civilizações ao redor do mundo para marcar a passagem do tempo e os ciclos regulares da natureza, mas também para expressar crenças e valores culturais. Essa sessão apresenta as perspectivas de alguns povos africanos, como Zulus, Bahimas e Tabwas, sobre os corpos celestes e as estrelas, além de suas culturas astronômicas. Essa é uma projeção multicultural que parte do olhar de cada uma dessas etnias, relacionando-o com a interpretação astronômica ocidental.

O Espaço do Conhecimento UFMG, por meio da Fundação de Apoio da UFMG (Fundep), estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. No museu, a programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas, apresentações culturais, palestras e debates. O Espaço integra a Pró-reitoria de Cultura (Procult) da UFMG e integra o Circuito Liberdade. É amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio do Instituto Unimed-BH, viabilizado por mais de 5,2 mil médicos cooperados e colaboradores e da Companhia Energética de Minas Gerais(Cemig).