Poesia e edição marcam o retorno das atividades do Centro de Memória da Fale UFMG

Obras do poeta Guilherme Mansur estarão expostas até o dia 9 de dezembro, como parte da mostra Gabinete do Livro

O Centro de Memória da Faculdade de Letras da UFMG, em parceria com o Museu Vivo Memória Gráfica, abrigará, a partir do dia 17 de outubro, o Gabinete do Livro: mostras e encontros em torno de livros, iniciativa inspirada em um espaço da biblioteca ideal que promove mostra de edições especiais. Nesta edição, os visitantes, que passarem pela faculdade, poderão apreciar a obra do poeta e editor Guilherme Mansur, até o dia 9 de dezembro, de segunda a sexta, das 10h às 13h, das 14h às 21h. Com entrada franca, a exposição poderá ser visitada no segundo andar da Faculdade de Letras da UFMG, no campus Pampulha. Outras informações podem ser adquiridas pelo telefone do Centro de Memória 3409-5108 ou pelo e-mail memoria.fale@gmail.com

No dia da abertura, dia 17, às 18h30, os visitantes poderão participar de uma roda de conversa com o curador da exposição, professor Flávio Vignoli, e com o poeta pesquisador, Mário Alex, sobre a exposição.
Haverá emissão de certificado de comparecimento. Não é necessária inscrição prévia.

A exposição Guilherme Mansur: poeta editor se integrará à programação do Centro de Memória e a um de seus espaços expositivos, que já tem, em seus aspectos físicos, ares de gabinete de artes gráficas, com suas vitrines, mapotecas, gavetas, armários e nichos. A ideia é estabelecer um diálogo direto e profundo com a poesia e a edição contemporânea – artesanal e independente.

Dentre as obras editadas do poeta e editor, serão exibidas publicações de poesia embalada em papel saco, livros impressos em tipografia que precisam ser lidos com as mãos, como brailes poéticos, livros mbalados em papéis coloridos reciclados de impressos descartados. São poemas de Haroldo de Campos, Laís Corrêa de Araújo, Carlos Ávila, Júlio Castañon Guimarães, Paulo Leminski, Alice Ruiz, Manoel de Barros e Ana Cristina César.

Sobre Guilherme Mansur

Poeta, editor e tipógrafo, Guilherme Mansur nasceu em Ouro Preto, Minas Gerais. Nos anos de 1970, atuou no movimento de “Arte Postal” e participou da International Mail-art Exhibition, em Monza, na Itália. Fundou e editou a revista-saco Poesia Livre por nove anos. Na década seguinte, editou livros de poesia de Álvaro
Andrade Garcia, Haroldo de Campos, Carlos Ávila, Sylvio Back, Jussara Salazar, Régis Bonvicino, Laís Corrêa de Araújo, Paulo Leminski e Alice Ruiz, entre outros. Montou o poema-instalação Sísifo.

Nos anos de 1990, editou a série de poemas-cartazes Não/Nada com vários colaboradores, como Augusto de Campos e Arnaldo Antunes. Montou o poema-instalação Quadriláxia e publicou o seu primeiro livro de  poesia, Os sete fôlegos, pela editora Risco do Ofício, obra reeditada depois sob o título Gatimanhas & Felinuras, em parceria com Haroldo de Campos, pela editora Katze Caderno. Executou, por quatro anos, uma série de chuvas de poesia das torres das igrejas de Ouro Preto.

Além disso, fez a reforma gráfica do Suplemento Literário de Minas Gerais e trabalhou como paginador do jornal durante oito anos. Publicou a plaquete Hai-Kais, com Alice Ruiz, pela editora Cantaria. Ministrou a oficina de editoração no Festival de Inverno da UFMG. Montou o poema-instalação Bashôbananeira. Criou a série Bandeiras Territórios Imaginados, poemas verbo-visuais.

Nos anos 2000, editou a revista de fotografia Lambe-Lambe. Criou a fonte digital Verga, publicada na revista Tupigrafia, de São Paulo. Fundou e editou o jornal de arte e poesia Amilcar. Publicou os livros Barrocobeat, pela editora Tigre do Espelho, e Bené Blake, com Dimas Guedes pela editora Cantaria. Publicou os calendários Na carta que veio de Minas / Um ósculo de óxido de ferro, em 2005 e Bananeiravodum, em 2006, com Nair de Paula Soares. Criou Alfacine, série de alfabetos reunindo fontes digitais e cinema.

Tem poemas publicados em diversas revistas e jornais literários, entre os quais Suplemento Literário de Minas Gerais, Mais da Folha de S. Paulo, Folhinha também da Folha de S.Paulo, jornal Nicolau de Curitiba, revista Bric-a-Brac de Brasília, revista ETC de Curitiba, revista Olhar da Universidade São Carlos.

Sobre o Gabinete do Livro

O Gabinete do Livro, iniciativa que promove mostras de edições especiais, tem – em seus seis anos de atividade – oito exposições realizadas no âmbito do projeto ‘Museu Vivo Memória Gráfica’. Dele saíram mostras dedicadas à extravagante coleção Cattleya Alba da Confraria de Bibliófilos Brasileiros, à editora Noa Noa (para qual criação poética e produção tipográfica são aspectos indissociáveis), aos sóbrios livros impressos em tipografia pelas mãos do poeta João Cabral de Melo Neto, e às aventuras editoriais de Gastão de Holanda e Aloísio Magalhães em O gráfico amador. Todas elas, coleções que compõem o acervo da Tipografia do Zé.

Curadoria: Flávio Vignoli (flaviovig1@gmail.com) e Ana Utsch (anautsch@gmail.com)

Assessoria de Imprensa da UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa da UFMG

(31) 3409-5108

http://www.letras.ufmg.br/memoria/

Serviço

Poesia e edição marcam o retorno das atividades do Centro de Memória da Fale UFMG

17 de outubro a 09 de dezembro

Segunda a Sexta, das 10h às 21h

2º andar da Faculdade de Letras da UFMG, campus Pampulha, Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 - Belo Horizonte.