Presença de pesquisadoras pretas no Brasil é tema do evento 'Mulheres na Ciência', da Fundep

No dia 3 de dezembro, às 15h, a Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep) - uma das principais gestoras de Ciência, Tecnologia e Inovação do país e Fundação de Apoio da UFMG e mais de 30 Centros de Tecnologia e Pesquisa nacionais -, em parceria com o State Innovation Center, promove a última edição do ano do projeto Mulheres na ciência. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas na plataforma Sympla. A transmissão acontecerá pelo Zoom.

Neste encontro, as participantes convidadas vão debater o tema Pesquisadoras pretas e analisar as causas do baixo percentual - inferior a 3%, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) - de mulheres pretas em programas de pós-graduação.

“A realização do evento Mulheres na Ciência é importante para dar maior visibilidade às pesquisadoras negras, fato que é essencial para que as crianças e os jovens no país vejam que é possível estudar e mudar o curso social por meio da educação. A população mais afetada por isso é a negra e me sinto honrada em estar com todas essas pesquisadoras”, conta Luciana Silva, cofundadora da Liga de Ciência Preta Brasileira e chefe do Serviço de Biologia Celular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias (Funed), uma das participantes do evento.

Segundo a pesquisadora, a Liga de Ciência Preta Brasileira surgiu em março do ano passado, diante de um chamado coletivo de pesquisadores pretos para apoiar e orientar a população negra, que apresentavam maior vulnerabilidade à ação do vírus, a partir de dados do começo da pandemia, e também por questões socioeconômicas e de saúde, em função de comorbidades desencadeadas por esse processo.

“Nós víamos também que faltava representatividade na mídia e nas redes sociais de pesquisadores negros para falar a respeito da pandemia. A doença estourou em todo mundo e muita gente precisava de orientação sobre o que era pandemia, o vírus, a forma como tinha acontecido, entre outros pontos. Percebemos que a gente também precisava ocupar esse espaço e dar voz para vários pesquisadores nesse país inteiro”, relembra Luciana.

Participantes

Ana Cristina Juvenal Cruz 

Professora adjunta na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), integra o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB/UFSCar) e é diretora do Centro de Educação e Ciências Humanas (CECH/UFSCar). É coordenadora do GT 21 Educação e Relações Étnico-Raciais da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPEd) - gestão 2020/2021. Desenvolve estudos e pesquisas na área de educação com ênfase em relações étnico-raciais, estudo e ensino das histórias africanas e afro-brasileiras e da diáspora negra.

Leonice Aparecida de Fátima Alves Pereira Mourad 

Bacharela em Direito, em Ciências Sociais e em Serviço Social. Licenciada em História, em Geografia, em Educação do Campo, em Pedagogia, em Letras e em Filosofia. Tecnóloga em Agricultura Familiar e Sustentabilidade. Tem especialização em Metodologia do Ensino Superior e Serviço Social. Mestre e doutora em História da América Latina e em Geografia. Mestranda em Políticas Públicas e Gestão Educacional. Atualmente é professora do Departamento de Metodologia do Ensino da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), docente e coordenadora do Mestrado Profissional em Ensino de História, docente do Mestrado Profissional em Ensino de Geografia. Tem experiência em ensino, pesquisa e extensão com temáticas de educação, ciências sociais, história, direito, geografia e ciências agrárias sociais.

Luciana Maria Silva Lopes

Bióloga pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), possui mestrado em Ciências Técnicas Nucleares e doutorado em Biologia Celular pela UFMG. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular, atuando, principalmente, nos seguintes temas: biologia celular, cultivo in vitro de células animais, cultura primária de células, câncer, medicina translacional, células-tronco do câncer, heterogeneidade celular, scale-up de células animais para produção de produtos biológicos. Pesquisadora de vias de sinalização celular relacionadas à quimio-resistência e agressividade dos tumores humanos para descoberta de novas drogas ou novos alvos de drogas. Atualmente é chefe do Serviço de Biologia Celular da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Ezequiel Dias (Funed) e sócio-fundadora da startup OncoTag que atua na pesquisa e desenvolvimento de produtos e serviços oncológicos.

Simone Maia Evaristo 

Bióloga pela Universidade Gama Filho (UGF), especialista em Citologia Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). É membro da Sociedade Latino Americana de Citopatologia, presidente da Associação Nacional de Citotecnologia e já foi fellow da International Academy of Cytology. Trabalha na Seção Integrada de Tecnologia em Citopatologia da Divisão de Patologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca), no monitoramento da qualidade em citopatologia. Atualmente coordena o SIG-CT (grupo de discussão especial em citotecnologia), dentro do GT da Telemedicina da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na Rede Universitária em Telemedicina (RUTE).

Viviane de Souza Alves - Mediadora

Graduada em Ciências Biológicas e mestre em Microbiologia pela UFMG. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Tem pós-doutorado pela UNIFESP, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz - PE | MG) e Brown University - Estados Unidos. É professora do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, desde 2010. Divulgadora de ciências, coordena o projeto de extensão @microUFMG nas redes sociais. É também coordenadora e podcaster do MicroBios, apoiado pelo Instituto Serrapilheira. Além disso, é embaixadora do Parent in Science e cofundadora da Liga de Ciência Preta Brasileira.

Serviço:

Mulheres na Ciência #5: Pesquisadoras pretas

Quando: 3 de dezembro, das 15h às 16h30

Onde: Zoom

Inscrições gratuitas via Sympla

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

Serviço

'Mulheres na Ciência #5: Pesquisadoras pretas'

3 de dezembro de 2021

15h às 16h30

Zoom