Projeto de extensão da UFMG ajuda idosos no tratamento de dor lombar

Especialistas ensinam como fazer exercícios para fortalecer a musculatura e evitar o incômodo nas costas

A dor nas costas é um problema de saúde crônico que é comum entre os brasileiros. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), entre 65% e 80% da população mundial desenvolve dor lombar, seja pelo excesso de peso do próprio corpo ou por carregar algo pesado demais, lesões e/ou postura incorreta. Os exercícios físicos podem ajudar a evitar a dor e contribuir para a recuperação de pacientes, de acordo com representantes da SBR.  

Professores e alunos da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, por meio de um projeto de extensão, atendem, gratuitamente, idosos com mais de 60 anos e com histórico de dor lombar. O projeto é realizado em parceria com o Centro de Saúde Cachoeirinha, que fica na região Nordeste de Belo Horizonte. 

Cartilha depois da alta

Os pacientes recebem o tratamento durante dois meses. Todos aqueles que são assistidos pelo projeto foram encaminhados pelo Centro de Saúde Cachoeirinha, após relatarem dor crônica nas costas. De acordo com os organizadores da iniciativa, são oferecidas duas sessões semanais, com uma hora de duração cada, totalizando 16 sessões.  

Após esse período, os pacientes recebem alta e ganham uma cartilha com orientações para continuar o tratamento em casa. Segundo o professor do Departamento de Fisioterapia Rafael Zambelli, mesmo após a alta, a equipe vai acompanhar os pacientes, durante seis meses a um ano, para verificar se houve melhora do quadro clínico. 

Maria Rodrigues, 69 anos, aposentada, não imaginava que algum dia poderia ter dor nas costas por causa do trabalho que fazia ainda jovem. “Eu trabalhava 24 horas direto e achava que sempre dava conta. Às vezes, nem tirava férias”, ela conta. Joaquim Januário, de 79 anos, também aposentado, passou a sentir dor nas costas após fazer esforço físico muito grande em uma obra dentro de casa. Em ambos os casos, os médicos receitaram medicamentos, mas os pacientes dizem que só conseguiram sentir verdadeira melhora após iniciarem o projeto com os exercícios físicos. 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 18,5% da população adulta do Brasil tem alguma doença crônica na coluna. Desse grupo, 28,9% são idosos. Ou seja, o público que mais sofre com dores nas costas é formado por adultos com até 60 anos. Por isso, o ideal é, desde cedo, cultivar o hábito de praticar exercícios físicos. Segundo com a fisioterapeuta Larissa Bragança, doutoranda na UFMG, é importante manter o corpo sempre ativo e nunca ficar muito tempo parado em uma posição. “Se a pessoa consegue fazer  atividades pelo menos duas vezes por semana, por 50 minutos, já é o ideal", ela diz. 

A TV UFMG mostra mais detalhes do projeto. Confira:

(equipe de reportagem: Naiana Andrade - produção, Amanda Gomes - reportagem, Marcelo Duarte - edição de imagens e Naiana Andrade - edição de conteúdo). 

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG