Mês de outubro é dedicado à sensibilização sobre o tema

A gravidez é um momento da vida da mulher marcado por idealizações e planos. Desde a descoberta do resultado positivo, é comum que os pais comecem a pensar no nome, na compra do enxoval e em uma vida nova com um bebê em casa. No entanto, muitas famílias passam pela dor de perder a criança em algum momento da gestação ou logo nos primeiros dias de vida. 

As perdas gestacionais e neonatais (até 27 dias de vida) podem ocorrer por diversos motivos, como alterações genéticas e doenças maternas (diabetes gestacional e hipertensão), mas, independente da causa, geram tristeza e necessidade de acompanhamento profissional, principalmente das mães.

Há dois anos, o projeto Renascer, da Escola de Enfermagem da UFMG, oferece apoio a mães que vivem o luto gestacional e neonatal em cinco maternidades de Belo Horizonte: Hospital das Clínicas, Hospital Sofia Feldman, Santa Casa, Maternidade Odete Valadares e Hospital Odilon Behrens. Depois de treinados, os profissionais de saúde passam a seguir um protocolo formulado para atuação nesses casos.

Amparadas pelo provimento 151, de 26 de setembro de 2023, promulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), as famílias que passam por esse trauma podem registrar seus filhos natimortos, colocando o nome dos bebês na certidão. A medida humaniza a existência do bebê que faleceu e contribui para ressignificar o luto. A decisão do CNJ é válida em todo território nacional. Até então, os estados tinham suas próprias legislações.

Neste vídeo, a TV UFMG conta a história da Ângela, de 28 anos, que passou pela perda de gêmeos e, atualmente, é acompanhada pelo Projeto Renascer.

Para acompanhar as atividades do projeto Renascer, siga o Instagram. 

As atividades da semana dedicada à conscientização ao luto gestacional e neonatal (16 a 21 de outubro) estão informadas neste link. 

Entrevistas: Ângela Izaias (mãe do Yuri, Caio e Cauã); Maysa Teotonio (ginecologista e obstetra HC-UFMG); Juliana Marcatto (coordenadora do Projeto Renascer); Ana Maria González (coordenadora do Serviço de Psicologia Sofia Feldman). 

Equipe: Flávia Moraes e Yasmin Oliveira (produção), Flávia Moraes (reportagem); Samuel do Vale, Ângelo Araújo, Lucas Tunes (imagens), Marcia Botelho (edição de imagens) e Bruno Ihara (videografismo).