Resíduos das pesquisas científicas será tema de palestra na UFMG
A geração de resíduos das pesquisas científicas será tema de palestra que acontece na próxima segunda-feira, 26 de junho, das 13 às 14h, no anfiteatro 3 do ICB/UFMG, campus Pampulha. A palestra será ministrada pela farmacêutica Aparecida Campana, mestre em Bioquímica e Imunologia, especialista em Gerenciamento de Resíduos em Serviços de Saúde e gerente de resíduos do ICB.O principal objetivo é chamar atenção para o modo como os resíduos são gerados dentro da universidade – na pesquisa, no ensino e nas demais atividades diárias –, e conscientizar sobre a importância de seu descarte correto.
Em estabelecimentos da área da saúde, os resíduos gerados (RSS - Resíduos de Serviços de Saúde) englobam cinco categorias: infectantes, químicos, radioativos, comuns e perfurocortantes. “Esses materiais necessitam de um descarte especial, de acordo com a legislação federal e o Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde do ICB”, afirma Campana. Ela explica que os RSS dos grupos A e E (infectantes e perfurocortantes), devido às suas características específicas, necessitam de um tratamento mais caro que o resíduo comum.
Para ter uma ideia do volume desses resíduos, somente no ICB UFMG, desde junho de 2016 até hoje, foram gerados mais de cinco toneladas de carcaças de animais experimentais. Esses resíduos, que se enquadram no grupo A, são recolhidos e encaminhados para tratamento por incineração, que além do preço precisa ser bem executado para não causar danos ao meio ambiente. “Resíduos descartados de forma incorreta oferecem risco no seu manuseio e transporte, além de onerar os serviços contratados pela universidade para dar a destinação final adequada”, diz a especialista.
Segundo ela, é preciso ver o gerenciamento de resíduos como um instrumento de minimização de riscos e impactos ambientais, não só nas unidades da área da saúde, mas em todos os outros setores da universidade. “Temos a cultura de produzir resíduos de forma exagerada e acreditar que seu destino final não nos compete. É isso que precisa mudar: o resíduo que você produz é sua responsabilidade, do berço ao túmulo”, ensina Campana.
“Não basta se preocupar só com o descarte. A melhor forma de fazer uma boa gestão de resíduos é planejar bem todo o processo de trabalho, incluindo a previsão dos resíduos que serão gerados e o modo como eles serão descartados”, orienta, destacando ainda que quando se faz um bom plano de trabalho, independentemente da área, evita-se o desperdício. “O melhor resíduo é aquele que não é gerado”, conclui.
O total de resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados no Brasil – incluindo o chamado “lixo doméstico”, aumentou 1,7% de 2014 a 2015, período em que a população brasileira cresceu 0,8% e a atividade econômica (PIB) retraiu 3,8%.
Seminários ICB
Realizado mensalmente pelo Núcleo de Assessoramento à Pesquisa (Napq) do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (ICB), cada seminário fica sob a responsabilidade de um departamento diferente. Com duração de 1 hora, o principal objetivo do evento é divulgar o conhecimento científico produzido no Instituto, assim como o trabalho de seus cientistas. Também busca criar oportunidades para a maior integração entre alunos e professores com interesses acadêmicos comuns, entre si, e com a sociedade, que é convidada a participar. A entrada é franca.