O que você faria se perdesse gradativamente os cinco sentidos? Este é o drama enfrentado pela personagem Amanda, que dá nome ao espetáculo que será exibido nesta quarta-feira, dia 31 de outubro, às 12h30, no auditório da Reitoria da UFMG. O evento integra o projeto Quarta Doze e Trinta, com entrada gratuita e aberta ao público. Informações pelo telefone (31) 3409 4152.

Encenado pela atriz, dramaturga e diretora mineira Rita Clemente, o monólogo tem texto do dramaturgo carioca Jô Bilac e foi encenado pela primeira vez em 2015. De forma trágica e ao mesmo tempo cômica, a protagonista perde os sentidos um a um: audição, paladar, olfato, tato e visão.

É a partir da memória e das lembranças que pessoais que Amanda encontra a razão para continuar vivendo. “As perdas são como um alerta do quanto desejamos viver, e Amanda nos mostra a vontade e a determinação de sempre continuar, apesar de tudo, apesar do todo”, explica Rita, que também assina a direção do espetáculo junto com Diogo Liberano.

Rita Clemente

Graduada em Música pela Universidade Estadual de Minas Gerais e como atriz pela Fundação Clóvis Salgado, Rita Clemente é destaque no teatro mineiro e uma das grandes expressões da cena nacional. Reconhecida por sua pesquisa acerca das possibilidades de diálogo entre o teatro e a música, foi premiada com a melhor direção em Dias Felizes, de Samuel Beckett, pelo Prêmio Questão de Crítica, que prestigia a cena inovadora no Rio de Janeiro.

Assinou a direção de inúmeros espetáculos, como O que você foi quando era criança (melhor direção pelo Copasa Sinparc) e Amores Surdos (Grupo Espanca!), que lhe rendeu as indicações aos prêmios Shell SP e Qualidade Brasil SP. Como atriz, integrou os elencos da minissérie A Cura e das novelas A Vida da Gente, Amor a Vida e Liberdade, Liberdade, todas da Rede Globo. No cinema, atuou nos longas-metragens Pequenas Histórias e Batismo de Sangue.