UFMG 95 anos: cultura, esporte e homenagens marcam aniversário nos dias 4 e 5 de setembro

Em “Domingo no campus” com direito a bolo, reitora estará disponível para atender a imprensa; sessão solene será na segunda-feira, ás 17h

Em meio às comemorações do bicentenário da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também celebra os seus 95 anos de história! Não se trata de uma efeméride coincidente. Os criadores da instituição escolheram a mesma data para inaugurar a então Universidade de Minas Gerais (a UMG), 105 anos depois que o país ficou independente, de forma a demarcar a convergência e a justaposição de dois projetos simbióticos: o de um Brasil livre e o de uma universidade autônoma. As homenagens estão sendo realizadas desde junho, mas terão programação especial na próxima semana, nos dias 4 e 5.

Domingo no Campus

As atividades começam com uma edição comemorativa do projeto Domingo no Campus, no dia 4 de setembro. Das 9h às 13h, o evento vai oferecer cerca de 30 atrações de lazer, esporte, arte e cultura, incluindo uma atração especial em frente ao prédio da Reitoria, com direito a bolo de aniversário e apresentação do Ars Nova – Coral da UFMG.  

programação terá oficinas de percussão, bordado livre, origami, fotografia e de educação ambiental, Tô de boa, to no campus, feira agroecológica, xadrez, caminhada, roda de capoeira, ultimate frisbee, programa Estação Ecológica, feira de adoção de animais e o Espaço Inclusivo Praia, que retorna à agenda do evento depois de três anos.

Domingo no campus terá também intervenção cultural da artista visual e grafiteira Raquel Bolinho, piquenique musical do Grupo Bambulha, shows do grupo Arequipa e de Alan da Silva Melo, inauguração da exposição Memória Moderna: coleção Fundação Rodrigo Mello Franco de Andrade, entre outras atrações.

Cerimônia 95 anos da UFMG | Medalha Mendes Pimentel

Na segunda-feira, dia 5 de setembro, será realizada cerimônia com entrega da Medalha Reitor Mendes Pimentel, uma condecoração criada pela UFMG como forma de estreitar os laços entre a instituição e a sociedade. O evento, que acontece às 19h no Auditório da Reitoria, marca oficialmente a cerimônia de 95 anos da UFMG. Haverá transmissão simultânea pelo canal do YouTube da UFMG.

A cerimônia homenageia egressos que têm contribuições destacadas para a sociedade em suas respectivas áreas de atuação. A medalha é também uma forma de a Universidade relembrar o primeiro dirigente, Francisco Mendes Pimentel. Neste ano serão homenageados o ambientalista indígena Ailton Krenak, os professores Berenice Menegale, Fábio Lucas, Nilma Lino Gomes e o Instituto dos Advogados de Minas Gerais, além de homenagem póstuma ao professor Ênio Cardillo Vieira.

Ailton Krenak

Nascido em 1953, no município de Itabirinha, na região do Médio Rio Doce, em Minas Gerais, Ailton Alves Lacerda Krenak é um pensador, ambientalista, poeta e escritor brasileiro da etnia indígena krenak. Ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas, organizou a Aliança dos Povos da Floresta, que reúne comunidades ribeirinhas e indígenas na Amazônia. Contribuiu também para a criação da União das Nações Indígenas. É comendador da Ordem de Mérito Cultural da Presidência da República. Ocupante da cadeira de número 24 da Academia Mineira de Letras, tem vários livros publicados. Sua obra foi traduzida para mais de 13 países. 

Berenice Menegale

Nascida em Belo Horizonte, em 1934, Berenice Menegale é pianista, diplomada como concertista pela Academia de Música de Viena. Foi professora da Escola de Música da UFMG de 1975 a 1999 e uma das idealizadoras do Festival de Inverno da Universidade, em 1967. É criadora da Fundação de Educação Artística, entidade sem fins lucrativos reconhecida no Brasil e em toda a América Latina pela formação de músicos e pelo estímulo à criação musical contemporânea, na qual ainda atua como diretora-executiva. Foi secretária de cultura de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Em 1988, recebeu a Comenda do Mérito Artístico da Câmara Municipal de Belo Horizonte.

Fábio Lucas

Ensaísta, tradutor, ficcionista e crítico literário, Fábio Lucas nasceu no município mineiro de Esmeraldas, em 1931. Além da UFMG, lecionou em outras quatro universidades do Brasil, seis dos Estados Unidos e uma de Portugal. Na década de 1950, foi um dos mais destacados membros da geração literária que fundou as revistas Vocação e Tendência em Belo Horizonte, ao lado do poeta Affonso Ávila e do romancista Rui Mourão, entre outros. Foi diretor do Instituto Nacional do Livro em Brasília, da Faculdade Paulistana de Ciências e Letras, por dez anos, e da União Brasileira de Escritores de São Paulo, por cinco mandatos. É autor de mais de 40 obras e membro da Academia Mineira de Letras, desde 1960, e da Academia Paulista de Letras, desde 1966.

Nilma Lino Gomes

Professora emérita da UFMG, Nilma Lino Gomes foi coordenadora-geral do Programa Ações Afirmativas na UFMG e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Ações Afirmativas (Nera), de 2002 a 2013. De 2010 a 2014, integrou a Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação. Em 2013, tornou-se a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal, a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). Em 2015, assumiu o cargo de ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e, posteriormente, de ministra das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos.

Instituto dos Advogados de Minas Gerais

Primeira agremiação a congregar os profissionais das carreiras jurídicas no estado, o Instituto dos Advogados de Minas Gerais (IAMG) foi fundado em 7 de março de 1915 e presidido por notáveis juristas, entre os quais Francisco Mendes Pimentel, presidente na primeira gestão da instituição e também primeiro reitor da UFMG. Desde sua fundação, o IAMG se fez presente nos mais importantes eventos de construção e de sustentação do direito. Durante sessão extraordinária do Instituto, em 1932, foi criada a Ordem dos Advogados de Minas Gerais. Atualmente, o IAMG é presidido pelo professor Felipe Martins Pinto, docente da Faculdade de Direito da UFMG.

Homenagem póstuma - Ênio Cardillo Vieira 

Ênio Cardillo foi médico, professor emérito da UFMG e um dos criadores do departamento e do Programa de Pós-graduação em Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade, do qual foi diretor pró-tempore. Como pesquisador, foi referência brasileira na gnotobiologia, área da biologia responsável pela manutenção de barreiras isoladoras de patógenos, capazes de tornar livres de germes os animais envolvidos nas pesquisas. Ao longo de sua carreira, atuou como clínico geral e nutrólogo. De 2002 a 2013, ocupou a cadeira 55 da Academia Mineira de Medicina (AMM). Morreu em maio de 2022 e, em respeito a um desejo expresso em vida, seu corpo foi doado à Faculdade de Medicina da UFMG para o ensino da anatomia.

UFMG – 95 anos

A Universidade Federal de Minas Gerais, instituição pública de ensino superior gratuito, é a mais antiga universidade do estado de Minas Gerais. Quase um século após sua criação, a instituição é liderança regional e nacional em ensino, extensão, cultura, pesquisa científica e geração de patentes, em diversas áreas do conhecimento. Seus formandos exercem grande influência na vida cultural, política e econômica, atuando, com destaque, como formadores da intelectualidade, das artes, da ciência, e tendo assento na gestão de empresas, entidades diversas, do estado e do país.

Atualmente, a UFMG conta com 21 unidades acadêmicas, está presente em sete cidades e comporta cerca de 45 mil estudantes, dentre graduação e pós. Além disso, possui mais de 750 grupos de pesquisa cadastrados no CNPq, é líder nacional de patentes e possui cerca de 4 mil atividades de extensão, de forma a alcançar 1,5 milhão de pessoas.

Como poucas instituições, a Universidade tem procurado cada vez mais trabalhar em redes (de ensino, pesquisa e extensão), assim como divulgar ciência para crianças e adultos, interagir com a comunidade externa e com empresas, como atesta sua participação decisiva no Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o BH-Tec. Em 2022, o parque passou a abrigar uma fábrica de nanossoluções, spin-off que vai desenvolver nanoscópios de alta resolução. No campo da sustentabilidade, três usinas fotovoltaicas começam a operar nos três centros de atividades didáticas (CADs) da UFMG.

Na mesma linha, a UFMG se orgulha de se mover por convicções que transcendem os indicadores tradicionais de produtividade acadêmica. A cultura tem ocupado um novo lugar no cotidiano dos campi, tornando-se parte integrante da formação dos nossos estudantes, aliada ao ensino, à pesquisa e à extensão. Em 2022, duas décadas depois de sua criação, a Diretoria de Ação Cultural (DAC) mudou de status, transformando-se na Pró-reitoria de Cultura (Procult). A UFMG torna-se, portanto, uma das quatro universidades brasileiras a contar com uma pró-reitoria exclusiva para a área.

Desde a promulgação da Lei 12.711/2012 (a chamada ‘Lei de Cotas’), a UFMG vem experimentando um contínuo alargamento do acesso de novos estudantes aos seus cursos, muitos deles pertencentes a grupos raramente incluídos na educação superior em nosso país: negros, pardos, indígenas, quilombolas, trabalhadores que não tiveram o direito à escolarização em idade regular, pessoas com deficiência, estudantes socioeconomicamente vulneráveis e em risco social e cultural. A Universidade assume o permanente desafio de praticar uma Política de Assistência Estudantil que visa garantir a permanência desses estudantes em todo o percurso acadêmico, contribuindo para a redução de desigualdades sociais e a equalização de oportunidades.

No ano de 2020, marcado pelo advento da pandemia da covid-19, a UFMG atuou atividades para contribuir com ações de enfretamento à doença e acolhimento a toda a população. No mesmo ano, a instituição estruturou o Programa de Cooperativa de Laboratórios (CooLabs), responsável por um terço dos testes diagnósticos da doença realizados em Minas Gerais, entre dezenas de outras iniciativas em resposta à situação de emergência sanitária. Em 2021, um acordo entre a UFMG, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e o governo de Minas abre caminho para transformação do CTVacinas no Centro Nacional de Vacinas, onde são desenvolvidos os testes do imunizante SpiN-TEC, contra a covid-19. Durante a pandemia, assim como em todos os seus 95 anos, a UFMG mostrou a importância de sua atuação, sempre voltada a ajudar direta e indiretamente a sociedade brasileira e mundial.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

Serviço

'Domingo no Campus e Cerimônia 95 anos da UFMG | Medalha Mendes Pimentel'

4 e 5 de setembro de 2022

UFMG, campus Pampulha | Transmissão simultânea no YouTube da cerimônia 95 anos da UFMG