UFMG abre espaço para o debate sobre Afrofuturismo
Gênero cultural marcado pelo protagonismo negro em narrativas será abordado em aula aberta nessa quinta-feira, 6 de dezembro
A Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (Fafich) oferece, dia 6 de dezembro, uma aula aberta ministrada pela pesquisadora Zaika dos Santos. Abordando o tema Afrofutursimo, Zaika irá debater sobre a arte, a ciência, a tecnologia e a inovação africana e afrodescendente. Além disso, será exibido um filme, escolhido pela artista, para gerar conversas e reflexões. A aula acontece na sala 3100 da Fafich, campus Pampulha, às 19h. A participação é gratuita.
Afrofuturismo
“É possível para uma comunidade cujo passado foi deliberadamente apagado e cujas energias foram posteriormente consumidas pela busca de traços legíveis de sua história, imaginar futuros possíveis?”. A pergunta, feita pelo crítico Mark Dery, faz parte de um ensaio que questiona a participação e protagonismo de pessoas negras na literatura, especificamente dentro da ficção científica. Leia o texto completo (em inglês).
O Afrofuturismo é, muitas vezes, entendido como um estilo ou gênero cultural que constrói um imaginário de passado ou futuro que mescla elementos de ficção científica, história africana e realismo mágico. A discussão que já corria entre a comunidade negra foi teorizada na década de 1990, por Dery, e continua ganhando espaço e visibilidade.
O professor da Escola de Belas Artes da UFMG Wagner Viana e a multiartista e pesquisadora afrofuturista Zaika dos Santos concederam entrevistas à TV UFMG para discutir o tema. Assista aqui na íntegra.
Zaika dos Santos
Afrofuturista, cantora, compositora, arte-educadora, artista visual, pesquisadora negra, performer, trançadeira e produtora cultural, a multifacetada Zaika dos Santos é formada em audiovisual e web designer e estudante de Artes Plásticas na Escola Guignard/UEMG. A cidade e o universo são as principais fontes de inspiração da artista, que valoriza as diversidades sonoras da música contemporânea e mescla com as formas tradicionais, trazendo em suas composições referências da simbologia africana Adinkra, símbolos que representam provérbios e aforismos que refletem um sistema de valores humanos e universais.
Outras informações e o portfólio da pesquisadora podem ser obtidos em sua página do Facebook.