UFMG celebra centenário da Cúria Metropolitana de Belo Horizonte

Evento do dia 24, terça-feira, terá conferência, apresentação do Ars Nova-Coral da UFMG e abertura de exposição

Na próxima terça-feira, 24 de agosto, a partir das 15h, a UFMG realiza evento que integra a programação em comemoração ao jubileu da Cúria Metropolitana de Belo Horizonte. O ano do centenário foi iniciado em 11 de fevereiro (quando, há cem anos, aconteceram a chegada e a tomada de posse de Dom Antônio dos Santos Cabral, primeiro Bispo e Arcebispo Metropolitano) e vai até 22 de abril de 2022. Em razão das medidas de distanciamento social, necessárias para o enfrentamento da pandemia da covid-19, o evento será on-line e transmitido pelo canal no YouTube da Diretoria de Ação Cultural (DAC) da UFMG.

“Atendemos a esse convite, que nos foi feito por Dom Walmor [Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo Metropolitano], com carinho, deferência e orgulho. Vamos participar da comemoração dos 100 anos da Cúria a partir daquilo que somos - uma instituição do conhecimento”, ressalta a reitora Sandra Goulart Almeida maio de 2019. “Somos uma instituição plural e nossa contribuição se dará dentro do nosso ethos, propondo uma reflexão sobre a participação o papel da Arquidiocese na cultura mineira e de Belo Horizonte, em especial, no campo da Arte Sacra”, revela a dirigente.

O evento será iniciado com as participações da reitora e do arcebispo Metropolitano. Eles abrem a programação organizada pela UFMG e, em seguida, acontece a conferência magna "Um vínculo com o passado: pérolas da arte e devoção na Arquidiocese de Belo Horizonte”, ministrada pela professora Adalgisa Arantes Campos, titular do Departamento e do Programa de Pós-graduação em História da UFMG e colaboradora da Faculdade Arquidiocesana de Mariana.

“A Arquidiocese de Belo Horizonte possui um acerto histórico, artístico e paisagístico diverso e essa característica exige da Cúria um esforço intenso e desafiador”, explica a professora Adalgisa Campos, que também é pesquisadora voluntária do Museu de Arte Sacra em Ouro Preto e tem doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo, mestrado em Filosofia pela UFMG; Bacharelado e Licenciatura em História pela UFMG. A docente explica que a conferência fará um percurso por características artísticas, históricas e devocionais do acervo da arquidiocese, assegurando aos internautas a chance de conhecer obras, utensílios, adornos e objetos de paróquias e igrejas menos conhecidas do grande público.

“Historicamente originária da Diocese de Mariana, a Arquidiocese de Belo Horizonte abriga um território vasto, dono de um acervo que transita entre séculos. Há um conjunto de obras de valor histórico, artístico e devocional expressivo, que exige da Cúria uma capacidade de gestão extraordinária. Os vínculos entre o passado e o presente estão, em alguns espaços como a Igreja da Boa Viagem, muito bem tecidos. Minha proposta é oferecer uma visão panorâmica de parte desse acervo, conta Adalgisa Campos.

Ícones sonoros e visuais

Após o término da conferência magna, quem assume a centralidade das telas é o Ars Nova-Coral da UFMG. O coro, que ao longo de seus 61 anos vem representando a cultura brasileira e a Universidade, preparou repertório especial para a ocasião. O mini-concerto inclui as obras Ubi Caritas, de Ola Gjeilo (1978); O Nata Lux, de Morten Lauridsen (1943); e O Vos Omnes, de Pablo Casals (1876 - 1973), apresentadas a partir de gravações assíncronas dos integrantes e que, em seguida, foram editadas e serão apresentadas ao público. Já Dona Nobis, de Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006), é uma gravação executada presencialmente pelo grupo.

Em função da pandemia, o Ars Nova tem realizado apresentações e concertos por meio de plataformas digitais, mesclando interpretações síncronas e assíncronas. Os espetáculos do coral já contam com mais de 30 mil visualizações em todo o mundo. A regência atual do coro é do maestro Lincoln Andrade.

A atividade seguinte será a abertura da exposição Figurações: imagética religiosa no Acervo Artístico da UFMG. “Em seus 93 anos de existência, a UFMG reuniu um expressivo e representativo patrimônio artístico, com aproximadamente 1.700 obras. São objetos, pinturas, gravuras, esculturas, fotografias, entre outros itens, que datam do século XVI ao século XXI”, explica o diretor de Ação Cultural da Universidade, Fernando Mencarelli. A exposição, idealizada em formato virtual, foi concebida a partir de um recorte do acervo artístico.

“São aproximadamente cem obras que fazem parte de diferentes coleções e unidades da UFMG e foram organizadas em quatro núcleos interpretativos”, explica Verona Segantini, coordenadora do campus Cultural UFMG em Tiradentes e coordenadora da exposição. No ambiente virtual, desenvolvido pelo doutorando da Escola de Belas Artes Pedro Veneroso, o visitante poderá apreciar o conjunto de obras que atualmente estão em exposição em Tiradentes, na Reserva Técnica do Espaço Acervo Artístico da Diretoria de Ação Cultural e em outras unidades da universidade. A curadoria é de Matheus Drummond, doutorando em História da Arte da PUC-Rio e professor substituto do Departamento de Teoria e Historia da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. O projeto gráfico da exposição foi coordenado por Brígida Campbell, professora da Escola de Belas Artes da UFMG. O trabalho envolveu ainda servidores e estudantes de graduação e pós-graduação.

A atividade final do evento será uma mesa-redonda, que contará com a coordenação da professora Verona Segantini, e a participação de outros membros da equipe que colaboraram com a concepção da exposição. "Se é função universitária também inquirir a cultura na qual se inclui, excluir o âmbito religioso seria tão somente impossível”, reflete Matheus Drummond.

A ideia da mesa é também oferecer uma espécie de visita guiada aos internautas, oferecendo ao público a possibilidade de mergulho no acervo. Além disso, destaca Verona Segantini, “a experiência de idealizar a exposição em formato virtual e de forma remota, permitiu ampliar, ainda mais, o envolvimento de diferentes pessoas nos processos de pesquisa, seleção de acervo e concepção da mostra”.

O trabalho, resultante de um esforço de investigação e produção de conhecimento, ofereceu, de maneira transdisciplinar, múltiplos olhares e interpretações sobre a arte com a temática sacra. Ao longo dos meses subsequentes ao lançamento outros eventos serão realizados, como a disponibilização dos vídeos de entrevistas, catálogos e intervenções audiovisuais em Tiradentes e na fachada digital do Espaço do Conhecimento UFMG.

Programação:

15 horas - Abertura

15h30 - Conferência Magna - Um vínculo com o passado: pérolas da arte e devoção na Arquidiocese de Belo Horizonte

16h25 - Encerramento da conferência e início da apresentação do Ars Nova-Coral da UFMG

16h45 - Término da apresentação do Ars Nova-Coral da UFMG e abertura da exposição Figurações: imagética religiosa no Acervo Artístico da UFMG

16h55 – Mesa: Percurso virtual da exposição

18h - Término do evento

Serviço:

Arte e devoção: o sagrado sob o olhar diverso da Universidade

Data: 24 de agosto

Horário: 15h às 18h

Mídia: canal da DAC no YouTube

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

Serviço

'Arte e devoção: o sagrado sob o olhar diverso da Universidade'

24 de agosto de 2021

15h às 18h

YouTube