UFMG conclui primeira etapa de mapeamento do artesanato brasileiro
Relatório, entregue em dezembro ao Ministério da Economia, levantou problemas e potencialidades do setor
A UFMG concluiu a primeira etapa do projeto de extensão Estruturação do Sistema de Gestão do Artesanato Brasileiro: diagnóstico e planejamento estratégico (Rede Artesanato Brasil).
Neste mês, ocorreu o ato que oficializou a entrega do relatório referente a essa fase. O encontro, realizado na UFMG, teve a presença de parceiros da iniciativa e de representantes do Ministério da Economia: o coordenador-geral de Microempreendedorismo e Artesanato, Fábio Silva, e o subsecretário de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas, Empreendedorismo e Artesanato, Alfredo Nascimento.
A fase inicial do mapeamento teve contribuições de três importantes atores do ecossistema do artesanato do país: Coordenações Estaduais do Artesanato, os gestores nacionais e estaduais do artesanato do Sebrae e os representantes das federações e confederações de artesãos.
A pesquisa – realizada para construir o mapeamento – foi feita por uma equipe multidisciplinar de pesquisadores e bolsistas da UFMG e de outras universidades públicas do país.
Aprimoramento do setor
O projeto mapeou os problemas, necessidades e potencialidades do artesanato, incluindo os impactos da pandemia de covid-19, e levantou políticas públicas existentes e propostas para aperfeiçoar a legislação federal, como a Lei 13.180/2015.
A professora da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG, Mariana Pompermayer, que integra a coordenação geral do projeto, destaca que a primeira etapa foi concluída com êxito.
“Com este documento, lançamos a pedra fundamental para a estruturação de um sistema de diagnóstico, planejamento e gestão de programas que contribuam para o desenvolvimento do artesanato como segmento econômico com alto poder de inclusão socioprodutiva e de desenvolvimento local”, destaca Mariana.
O relatório, com quase 500 páginas, também contém proposta de planejamento estratégico para a continuidade das atividades, que dependerão de aportes financeiros do governo federal.
Próximas ações
No início de 2023, a iniciativa vai entregar os projetos do sistema de certificação do artesanato (selo do artesanato brasileiro), do sistema de premiação e de interface web.
Estão previstas ainda mais duas etapas. Elas visam continuar e aprofundar a pesquisa com recortes regionais, disponibilizar cursos de extensão para atendimento de demandas do setor, ampliar a rede do artesanato brasileiro, complementar o mapeamento do ecossistema, entre outras atividades.
Diagnóstico nacional
Desde 2021, a UFMG está à frente da execução do projeto, que é uma iniciativa do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) do Ministério da Economia.
Trata-se do primeiro diagnóstico do setor em escala nacional, que é elaborado em quatro dimensões: econômica, ambiental, cultural e social. As ações estão previstas até 2023.
Além de Mariana Pompermayer, integram a coordenação geral os professores da UFMG Carlos Falci, também da EBA, e Laura Cota, da Escola de Arquitetura, e a consultora em desenvolvimento do artesanato Dorotéa Naddeo.
As atividades são executadas por meio da Pró-reitoria de Extensão (Proex) e EBA, em parceria com as universidades federais de Amazonas (UFAM), Oeste do Pará (UFOPA), Brasília (UnB), Pernambuco (UFPE), Piauí (UFPB) e São João del-Rei (UFSJ).
Participam também a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e a Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).Outras informações estão disponíveis no site da Rede Artesanato Brasil.