UFMG lança 'Passaporte cultural’ para alunos matriculados em formação transversal
A partir desta quinta-feira, 18 de agosto, alunos veteranos da UFMG, matriculados na formação transversal Culturas em movimento e processos criativos já poderão utilizar o seu Passaporte cultural. O “documento” possibilita que os matriculados obtenham créditos acadêmicos ao fruírem produções artísticas e culturais de linguagens variadas.O objetivo do Passaporte – uma das modalidades de creditação dessa formação transversal – é estimular os alunos de graduação a desfrutarem da arte em suas variadas formas, enriquecendo sua experiência e formação durante o percurso universitário.
O início das atividades do Passaporte cultural coincide com a aula inaugural da formação transversal Culturas em movimento e processos criativos, que será realizada também nesta quinta-feira, às 15h, no auditório 4 da Faculdade de Ciências Econômicas (Face), campus Pampulha.
Formação transversal culturas em movimento e processos criativos
Idealizada pela equipe da Diretoria de Ação Cultural (DAC), a formação transversal Culturas em movimento e processos criativos parte do princípio de que a cultura é um ambiente de produção e disseminação de conhecimento. “Nesse sentido, não será cobrado do aluno que ele faça um relatório ou uma análise crítica das manifestações culturais que frequentar”, explica a professora Denise Pedron, diretora adjunta de Ação Cultural e integrante do comitê didático-pedagógico da formação.
“A intenção é que fruição do estudante seja creditada como aquisição do conhecimento, o que inclui, por exemplo, assistir a uma exposição de alta qualidade ou a uma manifestação cultural”, exemplifica o professor Fernando Mencarelli, membro do mesmo comitê.
Como funciona
Para completar o seu Passaporte cultural – que é físico e tem o formato de um livreto, semelhante ao do documento tradicional –, o aluno deverá frequentar o mínimo de 45 horas e o máximo de 90 horas de atividades variadas. Cada atividade frequentada, independentemente de sua duração real, equivalerá ao cumprimento da carga horária de uma hora e meia.
Para comprovar a frequência, o estudante deverá anexar ao Passaporte o ingresso da atividade desfrutada. Caso não haja ingresso, a instituição parceira atestará a presença por meio de um carimbo específico da formação transversal no Passaporte.
Só poderão ser adicionadas as atividades desfrutadas nos espaços e instituições culturais de Belo Horizonte e da região metropolitana cadastrados como parceiros da atividade.
Rede cultural
25 espaços culturais e eventos já estão cadastrados como parceiros da formação transversal Culturas em movimento e processos criativos. A lista – que será atualizada regularmente – pode ser consultada no site da Diretoria de Ação Cultural.
“Estamos considerando não apenas as atividades com as quais todos já estão familiarizados, mas também apostamos na diversidade, como festas de reinado de irmandades do rosário, mostras hip-hop, apresentações da Velha Guarda do Samba, manifestações urbanas das periferias em várias áreas artísticas, que em geral não são consideradas atividades acadêmicas”, explica a professora Leda Martins, diretora de Ação Cultural da UFMG e presidente do comitê didático-pedagógico da formação transversal.
“Estamos constituindo essa rede, para que o aluno possa ser exposto a uma diversidade que amplie o seu prisma do que seja atividade cultural e não olhe apenas para as mais hegemônicas. As culturas envolvem processos de criação, visões de mundo e filosofias muito diversificados”, completou.
Veja mais informações em matéria publicada no Portal UFMG
Formação Transversal
As formações transversais são trajetos formativos não-convencionais, compostos por conjuntos de disciplinas tematicamente articuladas que resultam em uma competência específica. O aluno pode cursar uma ou várias disciplinas avulsas, que resultam em créditos de formação livre, e receberá certificado específico caso integralize as 360 horas ofertadas no percurso.
Ao todo, serão oferecidas cerca de 500 vagas em disciplinas das quatro opções desse tipo de percurso, que inclui Saberes tradicionais, Divulgação científica e Relações étnico-raciais, história da áfrica e cultura afro-brasileira.
As formações transversais, aprovadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade, tiveram início no primeiro semestre de 2015.