UFMG realiza debates sobre mineração
Eventos, no âmbito do Participa UFMG, reúne pesquisadores e movimentos sociais e serão realizados no campus Pampulha e na Faculdade de Direito
A comunidade da UFMG promove nesta semana (dias 12 e 14 de fevereiro) mais dois encontros destinados ao debate sobre aspectos relacionados às tragédias provocadas por rompimentos de barragens de rejeitos de mineração.
Nesta terça-feira, dia 12 de fevereiro, o Departamento de Química da UFMG promove e sedia o workshop emergencial Tecnologias para monitoramento e recuperação e águas e rejeitos, que terá exposições de três professores. Segundo a coordenadora da iniciativa, Glaura Goulart Silva, eles apresentarão resultados de trabalhos sobre as consequências do desastre em Mariana, há pouco mais de três anos, que certamente serão úteis para fundamentar as discussões acerca da situação de Brumadinho. O workshop será no Auditório II do Departamento de Química, a partir das 14h. Não há necessidade de inscrições.
Claudia Windmoeller vai falar sobre qualidade das águas e sedimentos da Bacia do Rio Doce, antes e depois do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana. Ana Paula de Carvalho Teixeira vai abordar a transformação de rejeitos de ferro para aplicações tecnológicas. Por fim, a intervenção de Rubén Sinisterra será sobre tecnologias baseadas em nanomateriais sustentáveis para recuperação das águas do Rio Doce.
Movimentos e MP
Na quinta-feira, dia 14 de fevereiro, às 18h30, o Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais (Gesta) da UFMG vai realizar, na Faculdade de Direito, debate intitulado Para além do rompimento: a visão dos movimentos sociais, ambientalistas e do Ministério Público. A iniciativa vai reunir representantes do Ministério público mineiro e de organizações que congregam atingidos pelo Projeto Minas Rio, associações comunitárias de Congonhas, atingidos por barragens e militantes pela soberania popular na mineração.
Coordenado pela professora Andrea Zhouri, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, o evento será no auditório Maximum Alberto Deodato, da Faculdade de Direito da UFMG (Avenida Rua João Pinheiro, 100, centro de Belo Horizonte).
A pró-reitora de Extensão da Universidade, Claudia Mayorga, destaca que o Participa UFMG, criado logo após rompimento da barragem de Mariana, tem procurado divulgar informações que esclareçam sobre os vários temas suscitados pelos desastres na mineração e dar voz a perspectivas diversas, recebendo representantes de comunidades e movimentos.
Os eventos têm apoio do Programa Participa UFMG, que tem centralizado o esforço de mobilização da Universidade em prol da prevenção de desastres, do apoio às pessoas e comunidades atingidas e da mitigação dos prejuízos ambientais.