UFMG realiza seminário de engenharia de biomáquinas para diagnóstico médico Skillcells
O pesquisador francês Franck Molina, diretor do Laboratório Sys2Diag, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, e o brasileiro Francisco Schneider, chefe de Projeto da empresa SkillCell, são os convidados do próximo seminário do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Imunologia Instituto de Ciências Biológicas (ICB) UFMG. O evento acontece na próxima quinta-feira, 18 de julho, às 14h. O encontro será na sala J2 221 do ICB, campus Pampulha. Não há inscrição prévia e o seminário será em inglês.
Segundo Liza Fericoli, professora do programa e quem recebe os palestrantes na UFMG, SkillCells ou células habilidosas são membranas artificiais com enzimas em seu interior que podem formar vias bioquímicas. “É como se fossem gotas micrométricas inseridas em uma matriz, que pode ser um gel, um spray ou um adesivo”, explica. Essas células, portanto, permitem o diagnóstico de doenças humanas, a detecção de poluentes, assim como a resolução de problemas computacionais.
Com base neste sistema a Skillcell desenvolve uma variedade de aplicações, particularmente nas áreas de diagnósticos em saúde humana e animal, meio ambiente e indústria de alimentos, permitindo resolver algoritmos complexos, detecção de biomarcadores, processamento e produção de sinal, pela utilização de reações bioquímica, modelagem computacional e estratégias de biologia sintética. Na prática, a tecnologia está sendo usada para a detecção de resistência a insulina em urina, para a detecção de pesticidas e mais recentemente de ovos e larvas de mosquito em águas.
Liza Fericoli esclarece ainda que o conceito foi obtido a partir do uso de conhecimentos multidisciplinares: química, bioquímica, biofísica, modelagem de sistemas e microfluídica e sua pesquisa, desenvolvida no Laboratório Francês Sys2Diag, contou com a colaboração de professores e alunos de pós-graduação do Departamento de Bioquímica e Imunologia. “Isso resultou em publicações de grande impacto na área”, afirma. Ela lembra também que essa pesquisa deu origem à Empresa SkillCell, que tem como chefe de projeto o pesquisador Francisco Schneider, ex-aluno do Programa que agora ele visita como importante aliado.