A UFMG recebe hoje e amanhã, dias 24 e 25 de abril, reunião do Projeto Arte Concreta no Brasil. A reunião conta com a presença de Tom Learner, diretor do Programa Científico do Getty Conservation Institute; Andrew Perchuk, vice diretor do Getty Research Institute; Pia Gottscchaller, pesquisadora do Getty Conservation Institute; Corina Rogge, quimica do Museu de Artes de Houston; e Luiz Souza, professor da Escola de Belas Artes e coordenador do Lacicor – Laboratório de Ciência da Conservação da UFMG. O grupo visitará, ainda, o Instituto Inhotim na quarta-feira, dia 26 de abril; Brasília, no dia 27 de abril e o conjunto arquitetônico da Pampulha, na sexta-feira, dia 28 de abril.

A reunião tem por objetivo discutir os resultados das pesquisas conjuntas sobre a Arte Concreta no Brasil e na Argentina. Os três grupos se utilizam de novas e avançadas metodologias, que unem conhecimentos tradicionais da História da Arte aos métodos avançados de análises físico-químicas de materiais, propiciando conhecimentos inéditos sobre os materiais e técnicas de importantes pintores brasileiros, tais como Lygia Clark, Helio Oiticica, Ivan Serpa, Hermelindo Fiaminghi, Aluísio Carvão, Willys de Castro, dentre outros.

Segundo Luiz Souza, “as descobertas sobre materiais e técnicas destes pintores são fantásticas e o projeto é uma contribuição original e extremamente valiosa para se compreender o trabalho poético e artístico dos pintores que atuaram no Rio (Grupo Frente) e em São Paulo (Grupo Ruptura) nas décadas de 50 e 60”.

Conforme declarado por Tim Whalen, diretor do Getty Conservation Institute, em documento de divulgação: "Este projeto tem sido uma oportunidade sem precedentes para entender como as pinturas desta parte da América Latina foram criadas, como isso afeta o que vemos hoje e qual a melhor maneira de preservá-las para o futuro".

Ainda segundo este documento, será realizada, de 16 de setembro de 2017 a 11 de fevereiro de 2018, no Museu J. Paul Getty, Centro Getty, a exposição Making Art Concrete: obras da Argentina e Brasil, da Coleção de Patricia Phelps de Cisneros. Trinta obras desta coleção de arte latino-americana de renome mundial serão exibidas ao lado de descobertas técnicas, vídeos didáticos e documentos históricos.