Acontece na UFMG, de 13 a 15 de novembro, o 2° Colóquio Internacional de Decolonização e Psicanálise, UBUNTU - O mal estar colonial: nossas terras, línguas, corpos, memórias e horizontes de transformação. O evento é pensado para recolher os efeitos do modo como a teoria e a práxis contra/pós/de/des/anti-colonial mobilizam novos movimentos advindos da geopolítica pós-colonial e de sua contemporaneidade. As inscrições devem ser realizadas on-line, até 31 de outubro.

Na passagem do século XX para o XXI, uma nova perspectiva de leitura a partir do Sul Global ganhou força ao questionar paradigmas eurocêntricos em diálogo com saberes decoloniais, informais, tradicionais e cosmologias plurais. Essa rearticulação assinalou as formas como a herança histórica e geopolítica dos processos de colonização afeta o inconsciente, o discurso, o laço social, a memória e as relações sociais e políticas, de formas interseccionais. 

Questionou-se a suposta universalidade da normatividade cisheteropatriarcal burguesa e branca, desnaturalizando a hierarquia dos corpos e das práticas culturais e simbólicas, e exigindo uma revisão das metodologias e pressupostos de várias ciências humanas. Considerando essas transformações recentes na produção do conhecimento, o colóquio pretende receber a colaboração de todos nessa roda de debates. Para isso, o evento reúne distintos coletivos, mestres de saberes populares e redes nacionais e internacionais na construção de um trabalho em curso que se escreve em língua própria, que não desconhece a cor, a classe e o gênero, e que toma o que se escreve no que se fala como guia contra a brutalidade.