Gratuito e voltado para alunos do ensino médio e primeiros semestres da graduação, o CdeC Br conta com pesquisadores da Universidade de Stanford

O Clubes de Ciência Brasil (CdeC Br) recebe inscrições para a sua edição de 2024. O programa consiste em oficinas científicas de cinco dias, realizadas durante as férias de janeiro, com o intuito de fomentar o interesse científico em jovens por meio de atividades conduzidas por pesquisadores renomados de instituições de ensino globais. 

Os participantes escolhem entre cinco clubes temáticos, distribuídos em três sedes. Na UFMG, as atividades ocorrerão de 15 a 19 de janeiro e com os temas Biologia sintética: programando organismos vivos,  Nanobiotecnologia: explorando o nanoverso, Enfrentando epidemias, Imunologia de mucosas: entendendo como funciona o seu intestino (e as bactérias que vivem nele) e Medicina Regenerativa: healing the body through polymers, ministrado em inglês e português, com professores de Stanford. 

A outra sede é a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), de 22 a 26 de janeiro, com os temas Procurando a minha molécula: uso de técnicas moleculares no estudo sobre o estresse oxidativo, Explorando a nanotecnologia: desenvolvimento de sistemas nanoestruturados, Laboratórios sustentáveis: bora fazer nossa parte, cientistas?,Vacinas: da pesquisa à proteção e Epidemiologia em ação: investigação de surtos e epidemias, ministrado por uma pesquisadora de Stanford.

A terceira sede será a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), de 29 de janeiro a 2 de fevereiro, com os clubes temáticos MatLab Club Brazil: explorando as possibilidades, aplicações científicas e práticas com MatLab e Simulink, A internet de tudo: conectando a sua caixa d´água, RôboMaze: desvendando labirintos coloridos com Lego, Nosso mundo em torno do Sol: construindo um relógio solar e DIY Science: building your own scientific instruments.

O evento é direcionado a alunos do ensino médio e dos primeiros semestres da graduação, com até 24 anos. Além dos clubes, haverá atividades diversas sobre temas científicos, como mentorias de carreira, oficinas interativas, palestras, rodas de conversas. Ao longo dos cinco dias, além de aulas sobre os temas, os alunos desenvolverão um projeto em grupo. No último dia, haverá uma feira de ideias e os melhores projetos serão premiados. 

Processo seletivo 

As inscrições estarão abertas até o dia 17 de dezembro. Com mais de 350 vagas distribuídas em 15 clubes e três sedes. O processo seletivo é gratuito e realizado virtualmente. A seleção inclui questões sobre interesse, histórico e aspirações dos candidatos. As inscrições priorizam a diversidade, incluindo reservas para alunos de escolas públicas e bonificações para estudantes trans, pretos, pardos, indígenas, de baixa renda e com deficiência. 

História, liderança e supervisão  

Fundado em 2014 por doutorandos mexicanos de Harvard e MIT, o Clubes de Ciência se expandiu para nove países, incluindo o Brasil, em 2017. Com mais de 15 mil estudantes beneficiados globalmente, o CdeC Brasil se prepara para sua sexta edição, com o apoio de instituições como a Universidade de Stanford e a colaboração do Prêmio Nobel de Física Frank Wilczec. 

Sob a liderança de estudantes, majoritariamente ex-alunos, o Clubes de Ciência Brasil destaca-se por seu impacto significativo na formação de novos líderes no campo científico. Entre essas lideranças está o presidente da organização, Pedro Antunes Pousa, de 22 anos, atualmente estudante do quinto ano de Medicina na UFMG. Sua trajetória com o Clubes de Ciência começou em 2017, quando participou da oficina de Células Tronco & Edição Genômica na primeira edição do CdeC Brasil. 

Desde então, a jornada acadêmica de Pedro Pousa o levou a prestigiados estágios internacionais, incluindo o Instituto de Células Tronco da Universidade de Harvard e a Universidade de Oxford, com o suporte dos mentores do Clubes de Ciência. “Se hoje sou cientista, devo grande parte disso ao CdeC Brasil. Vivemos em um cenário onde não temos referências de cientistas para jovens e, quando fui aluno do Clubes pela primeira vez, em 2017, eu de fato não tinha noção do que é ser cientista. Hoje, como coordenador do Clubes, minha maior aspiração é inspirar outros alunos que tenham medos e preocupações semelhantes aos meus, mas também que compartilhem a mesma paixão e amor pela ciência.” 

Este projeto inovador recebe supervisão e orientação do professor David Soeiro, do Departamento de Parasitologia da UFMG, um dos fundadores do Clubes de Ciência Brasil e ex-pesquisador da Universidade de Harvard, e de Pablo Leal Cardozo, pós-doutorando do Departamento de Bioquímica e Imunologia da UFMG e ex-pesquisador da Universidade de Yale. 

Para mais detalhes, acesse o site do Clubes de Ciências Brasil ou siga a organização no Instagram (@clubesdecienciabrasil). Dúvidas podem ser encaminhadas para contact@clubesdecienciabrasil.com