Webinar da UFMG discute desafios da comunicação sobre vacinas contra a covid-19 no contexto das fake news
No dia 15 de fevereiro, às 10h, a Escola de Enfermagem da UFMG promove o webinar Fake news e vacinas contra a covid-19: desafios na comunicação com a sociedade. O evento, gratuito e aberto ao público, será transmitido no canal da EEUFMG no YouTube. Para participar é necessário realizar inscrição neste link, até o dia 15 de fevereiro.
Compreender o mecanismo de disparo de notícias falsas, que se estabelece por meio dos bots, ou robôs da internet, além dos algoritmos e das mídias sociais, pode ser o primeiro passo para deter a avalanche de desinformações que negam as evidências científicas e manipulam a opinião pública no Brasil e no mundo. Essas são as temáticas que norteiam a programação do webinar com palestra da professora Tatiana Marins Roque, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e moderação da professora Sheila Lachtim, da UFMG. O evento é coordenado pelas professoras Deborah Carvalho Malta e Tércia Moreira Ribeiro da Silva, do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública da EEUFMG.
Fake news
As organizadoras explicam que se entende por fake news (notícias falsas) artigos noticiosos intencionalmente falsos, aptos a serem verificados como tal, e que podem enganar os leitores. “A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia da covid-19 no ano de 2020 e desde então foram expostas situações alarmantes: desinformações e informações falsas divulgadas amplamente pelas redes acerca da vacina contra covid-19 fazem com que grupos populacionais optem pela recusa desta. Neste sentido, o modo de consumir e divulgar conteúdos na internet impacta diretamente na capacidade de escolha de agrupamentos na sociedade, o que contribui para redução das coberturas vacinais”.
Ainda de acordo com as professoras, embora a vacinação em massa seja uma estratégia de Saúde Pública potente, capaz de reduzir as taxas de óbitos e internações e impulsionar as atividades econômicas e sociais dos países, ainda pairam questionamentos sobre efeitos adversos e segurança das vacinas. “Desprezo pelo jornalismo tradicional, negação de evidências científicas, disseminação do ódio na era da pós-verdade e das fake news: o sonho da comunicação sem intermediações que a internet e as redes sociais pareciam anunciar transformou-se em uma realidade tão preocupante quanto perigosa, capaz de ameaçar a existência da democracia tal qual a conhecemos”.