Mostra coletiva recria dinâmica de um ateliê de gravura no Centro Cultural
Estudantes e professores do ateliê de xilogravura e gravura em metal da Escola de Belas Artes têm trabalhos expostos na mostra O atelier como encruzilhada: práticas e discussões em torno da gravura. O público pode ver a exposição na Grande Galeria do Centro Cultural, até 8 de dezembro, gratuitamente.
Com curadoria de Eliana Ambrósio, George Gutlich e Fernando Costaa, a mostra tem produção artística diversificada, dos pontos de vista técnico e temático. A exposição nasceu do desejo de expandir para além do campus a produção do ateliê e, ao mesmo tempo, proporcionar uma experiência formativa aos participantes.
Dezessete artistas integram a exposição – professores, ex-alunos, alunos da graduação e da pós-graduação: Allan Carvalho, Ana Beatriz Abreu, Bruna lobo, Cássia Giovanna, Eliana Ambrósio, Fernando Costaa, Gabriela Razera, George Gutlich, Isaac Anderson, Júlia Corsino, Mara Sifuentes, Mariana Laterza, Renata Frazzato, Roberto Haddad, Rodrigo Marques, Syl Triginelli e Thayana Aquino.
Encruzilhada e encontros
“O ateliê funciona como uma encruzilhada, local de encontros e, por consequência, espaço privilegiado de trocas. A encruzilhada é o lugar onde os caminhos se cruzam, e aqui ela é colocada como instrumento conceitual teórico, possibilitando produzir analogias. A oficina é uma encruzilhada, ela opera como lugar de intermediação entre sistemas e instâncias de conhecimentos diversos. O confronto, as trocas, as contaminações, os saberes, as subjetividades, os modos de fazer e os materiais entram em movimento gerando relações dinâmicas que, simultaneamente, retrospectam e prospectam. Nesse ambiente instável e incerto, um intenso processo de produção sígnica diversificada se estabelece”, informa o texto de divulgação.
As gravuras exploram ampla variedade de materiais e suportes, tais como papel, madeira, tecido, entre outros. Quatro eixos temáticos permeiam as obras que ocupam a Grande Galeria: natureza, artefatos, corpo humano e cidade. O objetivo geral é apresentar a dinâmica do ateliê como um campo de experimentações ao expor tanto obras acabadas quanto objetos que remetem às etapas dos processos, como cadernos de notas, ferramentas, matrizes e provas de estado.
A mostra também funciona como ateliê: foram instalados prensas e materiais de uso comum desse tipo de ambiente, e o público é convidado a experimentar. Serão ofertadas oficinas gratuitas com temáticas de gravura, que serão divulgadas no decorrer do período da exposição.
Mais informações estão disponíveis no site do Centro Cultural UFMG.