Viagem à Grécia: professor da Ufop fala sobre antiquarismo, pilhagem e arqueologia do patrimônio helenista
Viajantes, diplomatas, exploradores artistas e estudiosos ingleses desempenharam papel importante na representação, narração, pesquisa e pilhagem da cultura helênica a partir de 1832, quando a Grécia tornou-se independente do império turco-otomano. Essa dinâmica será analisada em palestra do professor Fábio Hering, da área de Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), nesta quarta-feira, 7 de outubro de 2020, a partir das 18h, com acesso por esta sala virtual.
A atividade integra a programação de série de seminários do Núcleo de Pesquisa em História das Coleções e dos Museus (Rariorum) e do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação da UFMG. Com ela, o grupo pretende iniciar discussões sobre a circulação e o colecionismo de objetos com valor cultural. O foco será o patrimônio cultural grego explorado pelos ingleses nos séculos 18 e 19.
Segundo Hering, a Grécia foi um destino almejado pelos europeus que buscavam conhecimento e deleite nos séculos 18 e 19. No entanto, poucos se aventuravam em seu território, então sob domínio turco-otomano. Com a independência, conquistada com o apoio das grandes potências europeias, foi formado o moderno Estado grego. A partir de então, os estudos e as pesquisas sobre o território e a cultura material helênicos ganharam relevância, resultando, inclusive, na formação de escolas internacionais de estudo e pesquisa em Atenas.
A atuação de viajantes, diplomatas, exploradores e estudiosos ingleses será analisada pelo professor por meio de uma seleção da documentação escrita e iconográfica disponível.