Adornos usados por mulheres negras são tema de exposição fotográfica
Mostra está aberta à visitação na Biblioteca Central até o dia 25 de novembro
Como parte da programação do Novembro Negro, a exposição fotográfica Contas & balangandãs - A África que Minas não vê ocupa a Biblioteca Central até 25 de novembro. A mostra faz uma releitura dos adornos usados por mulheres negras em Minas Gerais desde o período colonial e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 22h, no segundo andar da biblioteca.
Organizada pelo projeto de extensão Cores de Minas, a exposição visa promover conhecimento histórico-social, empoderamento e a autoestima da mulher negra. A coordenadora do projeto, Maria das Graças Valdomiro, explica que a mostra nasceu da necessidade de trazer à tona a história da participação do negro na construção da identidade nacional, especialmente em Minas Gerais.
“Fizemos uma releitura de adornos que as escravas trouxeram da África e que ainda hoje fazem parte do cotidiano de mulheres negras. O foco em si não são os adornos, mas o enfrentamento às opressões sofridas pelas mulheres negras, por meio do uso de objetos que afirmam sua identidade e reforçam a autoestima”, analisa Maria Valdomiro.
Além das fotografias produzidas pelo projeto de extensão e exemplos de adornos, a exposição conta ainda com uma pirâmide de livros com a temática Crianças negras na literatura, organizada pelo Espaço de Leitura da Biblioteca Central.
A programação do Novembro Negro vai até o dia 23 de novembro e está disponível no site da Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).