A programação da 51ª edição do Festival de Inverno da UFMG segue nesta sexta, 19, com atrações no Conservatório e no Centro Cultural UFMG. As atividades ocorrem à noite com as apresentações do bandoneonista Otto Hanriot e o resultado da oficina Voco invoca Dadá no tempo da avacalhação, ministrada ao longo do dia pelo músico-poeta Ricardo Aleixo.

Às 20h, Otto Hanriot interpreta seu concerto solo para o bandonéon, instrumento que se assemelha fisicamente ao acordeão e que é utilizado nas composições de tango. O artista trará para o palco composições do músico argentino Rufo Herrera, além de transcrições de obras de Bach e versões da obra de Astor Piazzolla. Hanriot se apresenta no auditório do Centro Cultural UFMG.

No mesmo horário, no Conservatório, o cantor e poeta Ricardo Aleixo, pesquisador das poéticas da voz e do corpo, encena a leitura-concerto que carrega o mesmo nome de sua oficina. Serão recitados poemas sonoros de artistas ligados ao movimento dadaísta. Voco, que significa coro de vozes comuns, mescla expressões corporais e sonoras em uma apresentação dedicada ao estilo vanguardista do início do século passado.

Mais cedo, às 13h, os frequentadores do Centro Cultural UFMG poderão conhecer um pouco sobre a história da impressão tipográfica, que se expandiu no século 15. O coletivo de pesquisa e produção em artes gráficas 62 Pontos apresentará os processos básicos da prática tipográfica e as ferramentas que são necessárias para a atividade, como os tipos, as composições e o prelo. A oficina será realizada no espaço Tipografia: Oficina Museu. Assista ao vídeo da oficina produzido pela TV UFMG:

Virada Cultural
No fim de semana, a programação do Festival de Inverno entra no circuito das atrações da Virada Cultural de Belo Horizonte. Parte das atividades foi incorporada ao evento promovido pela Prefeitura. Sessões de observação do espaço e shows musicais, como os de Dona Jandira e da Velha Guarda do Samba de BH, dão o tom das atrações, que terão lugar no Centro Cultural, Conservatório e Espaço do Conhecimento UFMG.

Zona Norte

Nesta edição, o Festival incorporou atividades realizadas fora dos espaços culturais da UFMG, como a mostra Se essa rua fosse minha, qual nome ela teria?, no Conjunto Zilah Spósito, na Zona Norte. As ruas daquele bairro são nomeadas com algarismos, e a proposta da mostra é rebatizá-las com nomes escolhidos pelos moradores do bairro.

A exposição reúne a biografia de 30 pessoas indicadas pela comunidade para substituir a nomenclatura de sete ruas que atualmente são identificadas apenas por números. Se essa rua fosse minha, qual nome ela teria? pode ser vista no Centro Cultural Zilah Spósito (Rua Carnaúba, 286, Conjunto Zilah Spósito).

Mais informações sobre a programação estão disponíveis na página do Festival de Inverno da UFMG.