Cine Humberto Mauro resgata trajetória cinematográfica de Pedro Almodóvar
Professora da Escola de Belas Artes Ana Lúcia Andrade falou sobre o cinema do diretor espanhol
Pedro Almodóvar é um cineasta espanhol ainda em atividade e referência quando se trata de cinema contemporâneo. Premiado nos principais festivais do mundo, utiliza como principais elementos a estética e tramas exageradas, em narrativas trágicas e cenários coloridos.
Almodóvar, que nunca pôde estudar cinema, chegou a produzir alguns curtas antes de se aventurar pelo cinema comercial, com o lançamento de Pepi, Luci, Bom e Outras Garotas de Montão (1980).
A filmografia do espanhol percorre movimentos de contracultura em resposta à ditadura de Francisco Franco, ao contar histórias que não seriam permitidas durante os 35 anos de repressão do governo. Além disso, o cineasta busca trazer, nas produções que dirige, culturas alternativas, por meio de cenas absurdas que podem provocar a lágrima ou o riso do espectador, em um pequeno espaço de tempo.
Em sua mais nova produção, o longa Dor e Glória, Almodóvar usa da metalinguagem para contar a história do cineasta Salvador Mallo, que, em declínio, se vê obrigado a repensar as escolhas que fez na vida.
Nesta quarta-feira, 26, a professora da Escola de Belas Artes da UFMG Ana Lúcia Andrade falou sobre o cinema do diretor espanhol, em entrevista ao programa Noite Ilustrada, da Rádio UFMG Educativa.
Até 18 de julho, o Cine Humberto Mauro (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) resgata a cinematografia de Almodóvar e exibe 19 obras do espanhol, em sessões gratuitas.