Decisão do STF sobre direitos humanos na redação do Enem divide candidatos
![Olivia Resende/UFMG Candidatos conferem local de prova no Centro de Atividades Didáticas (CAD) 1, no campus Pampulha](https://ufmg.br/thumbor/9Vz9k7mL3v5n5NlOa47-Ie1_77k=/199x0:1282x724/712x474/https://ufmg.br/storage/5/9/5/5/5955238cbab7c41a28b0ce6c37b5a8f9_15098967421146_754331671.jpeg)
Candidatos que fazem provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no campus Pampulha da UFMG neste domingo, 5, emitiram opiniões diversas sobre a decisão da ministra do Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, de manter a proibição ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) de zerar as redações que desrespeitarem os direitos humanos. A ministra confirmou a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em resposta a uma ação impetrada pela Associação Escola sem Partido.
Por meio de nota, o Inep informou que não ingressará com recurso, para dar segurança jurídica aos candidatos que fazem a prova neste fim de semana. Mas o Instituto reforçou que os participantes devem ficar atentos ao manual de redação e aos critérios de correção da prova. Uma das cinco competências avaliadas, com valor mínimo de 200 pontos, é justamente o respeito aos direitos humanos.
Em entrevista ao repórter Samuel Souza, Isadora Soares, que faz o Enem para ingressar no curso de Jornalismo ou de Publicidade, disse discordar da decisão do STF. “Precisamos limitar o que pensamos e o que dizemos porque isso pode acabar gerando transtorno: intolerância, preconceito, machismo, xenofobia. Se ficar livre para cada um falar o que pensa, sem punição, sem limite, isso pode causar transtornos muito maiores para a sociedade”, argumentou.
Já para Carlos Alberto, candidato ao curso de Biologia, a questão dos direitos humanos sempre foi “subentendida”. “Independentemente do tema da redação, se for um tema polêmico ,que você não concorde, você tem que saber argumentar”, defendeu.
Ouça a reportagem de Samuel Souza: