Edital vai apoiar projetos de recuperação da bacia do Rio Doce
A recuperação da bacia hidrográfica do Rio Doce e de ecossistemas associados é objeto de chamada pública lançada no último dia 19, em parceria entre agências de fomento. Ao todo, serão investidos mais de R$11 milhões em projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, de caráter interdisciplinar, desenvolvidos em rede.
A intenção da chamada Apoio a Redes de Pesquisa para Recuperação da Bacia do Rio Doce é apoiar a formação de recursos humanos em nível de pós-graduação stricto sensu e a geração de conhecimento, tecnologias e processos sobre o tema, em diferentes instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos.
A UFMG vai apresentar ao edital propostas institucionais e em rede. Segundo a pró-reitora adjunta de extensão, Cláudia Mayorga, “a Universidade se adiantou em sua mobilização e no trabalho em rede”, pois desde o fim do ano passado desenvolve trabalho de colaboração com as universidades federais de Ouro Preto (Ufop) e do Espírito Santo (Ufes), para desenhar o projeto Observatório Interinstitucional da Tragédia Mariana - Rio Doce.
Cláudia Mayorga aponta também a iniciativa Participa UFMG, que articula grupos de extensão e pesquisa da Universidade, envolvidos com mapeamento, diagnóstico e soluções para os danos e possível reconstrução das áreas atingidas pelo rompimento das barragens. “Atualmente contamos com 53 grupos cadastrados da UFMG que já vêm se articulando com grupos de outras universidades", contabiliza.
Linhas temáticas
As propostas relacionadas a essa chamada devem ser submetidas até o dia 20 de junho, em 11 linhas temáticas prioritárias: estudos socioeconômicos, uso do solo, qualidade de vida, áreas degradadas, qualidade da água, biota, mata atlântica, ecossistemas de estuário, redução de resíduos, saneamento básico e governança.
O edital é fruto de parceria entre as fundações de amparo à pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Espírito Santo (Fapes), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Agência Nacional de Águas (ANA).
Essa é a segunda chamada que a Fapemig lança voltada à recuperação da Bacia do Rio Doce após o desastre ocorrido na barragem de Bento Rodrigues (MG), em novembro de 2015. A primeira, Tecnologias para a Recuperação da Bacia do Rio Doce, lançada em janeiro deste ano, está em fase de avaliação.
As propostas aprovadas serão financiadas com recursos no valor global estimado de R$ 11,2 milhões (R $ 4 milhões oriundos da Fapemig, R$ 4 milhões da Capes, R$ 2 milhões da Fapes, R$ 1 milhão do CNPq e R$ 250 mil da ANA). A duração máxima dos projetos é de 48 meses, a contar da data de contratação da proposta. Os recursos de custeio serão liberados em até quatro parcelas, de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira das Agências.
Instruções para apresentação de projetos estão disponíveis na internet.