“Não tivemos nada de novo no enfrentamento à corrupção”, afirma cientista política
Professora da Unesp explica queda do Brasil em ranking internacional que mede percepção da corrupção
O Brasil despencou da 79ª posição para a 96ª no ranking da Transparência Internacional que avalia a percepção da corrupção. São 180 estados e territórios avaliados. Com a queda de 17 posições, o nosso país está atrás de nações como Ruanda e Arábia Saudita.
A Transparência leva em conta na composição do índice temas como suborno, nepotismo e desvio de verbas, além de fatores como o acesso da sociedade a informações sobre ações do governo. A organização aponta que a piora no ranking está relacionada ao fato de que o Brasil não tem conseguido atacar de forma eficaz o problema da corrupção.
Em entrevista à jornalista Paula Alkmim, a cientista política da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Franca, Rita de Cássia Biason, explica os motivos que levaram à queda do Brasil no ranking e avalia o impacto que a percepção da corrupção pode ter para as eleições 2018. Para a pesquisadora, sociedade civil está desmobilizada e o ano de 2017 não trouxe nada de novo para o enfrentamento da corrupção.