Pesquisa investiga relação entre verticalização, bem estar e saúde mental
Oito pesquisadores participaram de estudo sobre o impacto do planejamento urbano na saúde mental da população
A alta densidade demográfica, presente nos grandes centros urbanos, é responsável pelo fenômeno da verticalização. Tal evento é caracterizado pela construção de altos e numerosos edifícios, responsáveis por abrigar um grande número de pessoas em áreas cada vez menores. No século XXI, o número de prédios com mais de 200 metros de altura cresceu quase quinhentos por cento. No mesmo período também foi registrado um aumento no número de casos de doenças mentais. As relações entre moradia e saúde física são abordadas pela OMS, Organização Mundial da Saúde, mas ainda existem poucas pesquisas que explorem a ligação entre habitação, bem-estar social e saúde mental.
Visando a escassez de estudos sobre o assunto, a professora do Departamento de Projetos da Escola de Arquitetura da UFMG, Paula Barros, ao lado de mais sete pesquisadores de diversas áreas e instituições, mapeou o conhecimento acumulado até o momento. O projeto resultou na publicação do artigo pela Revista Cities, com o título Consequências sociais e resultados de saúde mental sobre morar em prédios residenciais altos e a influência do planejamento, design urbano e decisões arquitetônicas: uma revisão sistemática.
O programa Conexões conversou com a professora do Departamento de Projetos da Escola de Arquitetura da UFMG, Paula Barros, nesta segunda-feira, 5.
A primeira edição do mês de agosto do Boletim da UFMG apresenta uma matéria abordando a pesquisa da professora Paula Barros sobre a relação entre habitações verticalizadas, bem-estar e saúde mental.. A versão online do boletim pode ser acessada pelo site ufmg.br/boletim. Você também pode ter acesso ao artigo 'Consequências sociais e resultados de saúde mental sobre morar em prédios residenciais altos e a influência do planejamento, design urbano e decisões arquitetônicas: uma revisão sistemática', publicado na revista Cities, no www.sciencedirect.com (em inglês).