TV UFMG: professor do IGC explica as causas da névoa que cobre o céu de Belo Horizonte
Fumaça concentrada na atmosfera é resultado da associação entre uma massa de ar quente e de um sistema de alta pressão que impede a dissipação de material particulado e poluente
Nos últimos dias, os moradores da Região Metropolitana de Belo Horizonte tiveram uma surpresa ao olhar para o céu. Uma névoa seca cobriu a paisagem, prejudicando a saúde dos habitantes. A situação se soma aos 140 dias sem chuva em Belo Horizonte, a estiagem mais longa dos últimos 60 anos na capital. Além disso, o estado de Minas Gerais vem sofrendo com inúmeros casos de incêndios em vegetação, piorando a qualidade do ar.
Em vídeo produzido pela TV UFMG, o professor Wellington Lopes Assis, do Instituto de Geociências (IGC), explica que o fenômeno é provocado pela associação de uma massa de ar seco com um sistema de alta pressão que atinge a região Sudeste. "Essa combinação provoca uma estabilidade do ar, e, em um ambiente com ar estável, a probabilidade de chover é mínima ou nula. Os mecanismos atmosféricos que poderiam provocar chuva não são acionados. Esse sistema estável impede a dissipação de material particulado e poluente. Nos grandes centros urbanos, como BH, essa dissipação é mais difícil de ocorrer, porque há mais fontes poluidoras associadas à produção industrial e à emissão de gases veiculares", detalha o professor. Assista à análise:
Equipe: Gabriel Pina (produção e reportagem); Lucas Tunes, Marcelo Duarte, Olívia Resende e Samuel do Vale (imagens); Marcelo Duarte (edição de imagens); Flávia Moraes (edição de conteúdo)