O Túlio Mourão Trio faz, nesta semana, no Conservatório UFMG, show em celebração de quatro décadas do disco Jasmineiro, de 1984, pioneiro na cena instrumental mineira. O espetáculo, Jasmineiro – 40 anos, que será apresentado na quinta, 3 de outubro, a partir das 19h30, recria a singularidade de atmosfera do disco. O evento integra a programação da 2ª Mostra Retratos do Brasil e tem entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço.

Em formato de trio acústico, o show faz uma síntese do disco, revisitando temas como Beco das sanfonas, Cristalino, Rubro cielo e Kurimatã. O repertório também reúne peças criadas para o cinema e releituras instrumentais e “jasmineirísticas” que prestam tributo aos Beatles, a Tom Jobim e Milton Nascimento.

Jazz mineiro
Jasmineiro foi o segundo disco solo do compositor e pianista Túlio Mourão. O LP reúne instrumentistas consagrados como o baixista Zeca Assumpção, os bateristas Esdras (Neném) e Robertinho Silva, o violonista Nonato Luiz, o percussionista Marcelo Costa e, nos sopros, Nivaldo Ornelas, Mauro Senise, Leo Gandelman, Jairo de Lara e Marcelo Bernardes. Há ainda a participação do grupo vocal AD Canto.

O trabalho que completa 40 anos é considerado pela crítica uma importante referência para a formulação da música instrumental brasileira por parte da geração que sucedeu a mestres consagrados como Egberto Gismonti e Hermeto Pascoal. A faixa Beco das sanfonas ganhou letra de Milton Nascimento e Tavinho Moura e foi gravada como A primeira estrela no CD Encontros e despedidas, de Milton.

Túlio Mourão
Natural de Divinópolis, em Minas Gerais, Túlio Mourão se apoia em construção melódica consistente, unindo elementos da música erudita e cânticos religiosos da tradição sacra e popular mineira. O pianista busca um perfil pessoal e original dentro da música instrumental brasileira, que resultou em um estilo batizado de “jazzmineiro”. Em sua carreira, Túlio integrou a banda Mutantes na fase do rock progressivo, e acompanhou também artistas como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Chico Buarque, Fagner e Ney Matogrosso.