Sexta, às 20h: show de Margareth Reali apresenta Milton Nascimento aos jovens e homenageia o Clube da Esquina
A cantora Margareth Reali vai apresentar, com seu quarteto, o show Sentinela do futuro na próxima sexta-feira, 24 de março de 2023, a partir das 20h, no Conservatório UFMG. O evento integra a série Perspectiva, cujo objetivo é potencializar a integração das ações artístico-culturais da Universidade. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos.
Sentinela do futuro é uma homenagem aos 50 anos do Clube da Esquina. Ao oferecer elementos que, segundo ela, conectam a música de Milton Nascimento com o futuro, a cantora busca cativar o público jovem, principalmente aqueles que não conhecem as obras do cantor e compositor. Margareth também está lançando seu EP homônimo, com músicas que transitam do MPB ao pop.
Versões contemporâneas
"No repertório, por exemplo, Canoa, canoa, de Nelson Ângelo, e Caxangá, de Milton, têm uma identidade mais vibrante, com elementos contemporâneos na instrumentação, além de uma iluminação que potencializa a emoção das músicas", informa o texto de divulgação do show.
Margareth Reali vai cantar novas composições dos músicos mineiros Beto Lopes, que também integra o quarteto, e Chico Amaral, responsável por grande parte dos sucessos da banda Skank. O quarteto que acompanha Margareth é formado, além de Beto (baixo e violão), por Lincoln Cheib (bateria), Tattá Spalla (violão e vocais) e Christiano Caldas (arranjos, direção e teclado).
Beto Lopes, considerado um dos maiores conhecedores da música de Milton Nascimento, teve o primeiro contato com Margareth em Belo Horizonte e logo a convidou para ensaiar e tocar semanalmente no Bar do Museu Clube da Esquina, onde já bateram recorde de público. Atualmente, a cantora está se preparando para gravar com o produtor Max Pierre, ex-vice-presidente da Universal Music, que a convidou para fazer um fonograma inteiro com a obra de Milton.
Trajetória
Com trajetória de 33 anos no meio musical, Margareth Reali iniciou sua carreira de intérprete em 1996, após ser descoberta pelo diretor e produtor musical Fernando Faro. Onde o céu azul é mais azul, seu primeiro álbum, de 1998, teve arranjos de Cristóvão Bastos, Amilson Godoy, Sérgio Dias, da banda Os Mutantes, e Natan Marques.
Em 1999, ela foi apresentada como uma das vozes mais bonitas do Brasil no programa Ensaio, da TV Cultura. De 2002 a 2008, realizou turnês pelo país com o show Portal de Minas e atuou em outros projetos especiais, como 90 anos de Vinicius. Margareth passou um período na Europa, cantando em Paris e na Holanda. Em 2007, lançou seu segundo álbum, Um trem para o sonho – As canções de Nivaldo Ornelas.
A partir de 2010, passou a se dedicar totalmente ao universo da produção e tornou-se reconhecida por investir na volta aos palcos do grupo Som Imaginário, do maestro Wagner Tiso, e promover artistas como Eumir Deodato e Romero Lubambo. Em 2020, voltou aos estúdios com o lançamento de uma versão bossa-nova do sucesso de Aretha Franklin I say a little prayer, gravada a convite do produtor musical Torcuato Mariano.