Seminário na Faculdade de Medicina debate cenário da atividade mineradora em MG
Acadêmicos, parlamentares, representantes sindicais e de órgãos trabalhistas e lideranças sociais se reunirão nesta quinta, 28 de novembro, a partir das 8h, no seminário Saúde, ambiente e trabalho na mineração, que ocorrerá no auditório da Faculdade de Medicina da UFMG. A programação, composta de conferência, mesas-redondas, debates e lançamento de livro, foi idealizada como subsidiar análises do quadro atual da atividade minerária em Minas Gerais e apresentar proposições relativas ao assunto.
O seminário é organizado pelo Projeto Manuelzão e pelo Observatório da Saúde do Trabalhador (Osat), com apoio da Faculdade de Medicina da UFMG. O evento é aberto ao público em geral, e as inscrições devem ser realizadas por meio de formulário eletrônico. Os participantes receberão certificados.
Um dos objetivos do evento é inserir profissionais de saúde e da saúde do trabalhador nas discussões sobre a mineração. "Fizemos um recorte propondo que a academia se engaje nesse debate e também que os serviços de saúde, especialmente dos trabalhadores de mineração, entendam os impactos da atividade e aperfeiçoem sua atuação e compreensão crítica da temática", explica Marcus Vinícius Polignano, professor da Faculdade de Medicina e coordenador do Projeto Manuelzão.
Programação
Conferência de abertura – "Novas" fronteiras de acumulação extrativista em MG: violências e resistências
Horário: 9h
Mediação: Marta de Freitas, coordenadora do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM).
Ministrante: Daniel Neri, professor do IFMG Ouro Preto e integrante da Frente Mineira de Luta das Atingidas e dos Atingidos pela Mineração (Flama-MG).
Mesa redonda – Saúde e mineração: entre dores, lutas e esperanças
Horário: 10h
Mediação: Tarcísio Pinheiro, professor, coordenador do Observatório da Saúde do Trabalhador (Osat) da Faculdade de Medicina da UFMG.
Participantes: Andréa Maria Silveira, professora de Medicina Preventiva e Social da UFMG, Marta de Freitas, coordenadora do MAM, Bruno Pedralva, médico e vereador de Belo Horizonte, e Mário Parreiras de Faria, auditor fiscal do Ministério do Trabalho.
Mesa redonda – Ambiente e mineração: crimes ambientais nos rios Doce e Paraopeba
Horário: 13h30
Mediação: Maria d’Ajuda dos Santos, gerente de projetos da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).
Participantes: Marcus Vinicius Polignano, professor e coordenador do Projeto Manuelzão UFMG, Olívia Teixeira Santiago, coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Bella Gonçalves, deputada estadual em Minas Gerais pelo PSOL, e Daniela Campolina, doutora em Educação, co-coordenadora do Grupo de Pesquisa e Extensão Educação Mineração e Território (EduMiTe) da UFMG.
Mesa redonda – Trabalho e Mineração: empoderamento social
Horário: 15h30
Mediação: Gelson Alves da Silva, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais de Minas Gerais.
Participantes: Jandira Maciel da Silva, professora e chefe do Serviço Especializado do Trabalhador do Hospital das Clínicas da UFMG, Bruno Teixeira, diretor do Sindicato Metabase Inconfidentes, Beatriz Cerqueira, deputada estadual, e Henrique Domingos, do Projeto Manuelzão e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas Socioambientais da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
Todas as mesas serão seguidas por debates em plenária. No encerramento do seminário, às 17h30, será lançado o livro digital Após a lama, o rio: diagnóstico socioambiental do Baixo Paraopeba, reservatório de Três Marias e comunidades atingidas do Rio São Francisco, organizado por Carla Wstane, Mônica Campos e Paula Constante.