Ampliação do número de doenças rastreadas pelo teste do pezinho no SUS é aprovada no Senado
Professora aposentada do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG analisa a importância do exame e da necessidade de ampliação do programa de triagem neonatal
O Senado aprovou, no último dia 29, a ampliação do número de doenças que poderão ser rastreadas pelo teste do pezinho no Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento que é feito a partir da coleta de gotas de sangue dos pés dos recém-nascidos tem capacidade de detectar até 53 doenças, mas a versão feita atualmente no sistema público aponta apenas seis enfermidades: hipotireoidismo congênito; fenilcetonúria; anemia falciforme; fibrose cística; hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. O Projeto de Lei prevê uma ampliação para 14 grupos de doenças, que deverá ser implementada durante um ano de forma escalonada pelas unidades do SUS. O texto ainda vai à sanção presidencial.
Em entrevista ao programa Conexões desta quinta, 6, a professora aposentada do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG e Coordenadora Acadêmica do Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad UFMG), Ana Lúcia Starling, chamou atenção para a importância de diferenciar o teste de triagem neonatal do programa de mesmo nome. “Teste de triagem neonatal é você fazer o exame e entregar ao paciente. No programa de triagem neonatal, você não só faz o exame, mas se responsabiliza por acompanhar esse paciente, mesmo ele já adulto, avaliando se esse tratamento está sendo feito de forma adequada e pelo tempo necessário”, explicou. A professora também comentou sobre a necessidade de capacitar equipes para atender os pacientes e ressaltou o papel do Nupad como referência na triagem neonatal em Minas Gerais.
Produção: Flora Quaresma, sob a orientação de Luiza Glória
Publicação: Alessandra Dantas