Com a melhoria dos indicadores epidemiológicos em Belo Horizonte, a UFMG avançou, no início de setembro, para a etapa 2 do plano de retorno presencial, permitindo uma ocupação de até 40% dos espaços físicos, respeitado o distanciamento de 1,5 metro entre as pessoas e o uso obrigatório de máscaras, além de outras medidas. Dessa forma, entre as diversas atividades nos campi, os laboratórios práticos de ensino de diversos cursos voltaram à ativa no modelo híbrido.

Com turmas reduzidas, vários laboratórios vêm gradualmente voltando ao funcionamento. A professora da Faculdade de Odontologia Carolina Nemésio explica que uma turma laboratorial, que antes da pandemia reunia até 72 alunos, hoje é subdividida em quatro turmas, gerando grupos de apenas 18 alunos em cada laboratório, em respeito aos protocolos de biossegurança.

Amanda Neves, aluna do curso de Odontologia, está satisfeita com o retorno. "Voltar para a UFMG presencialmente é um alívio muito grande. Odontologia é um curso muito prático. A gente esperou muito tempo por isso", ressalta.

Outras áreas de ensino também comemoram o retorno gradual das atividades laboratoriais no modo presencial. O vice-diretor da Escola de Engenharia, Luiz Machado, docente do Departamento de Engenharia Mecânica, comenta que, apesar de muitos setores terem encontrado benefícios no trabalho remoto, a área de ensino precisa ser ocupada pelas pessoas. “As escolas sem os estudantes, sem os professores, sem aquele tira-dúvidas, as conversas e as visitas aos gabinetes dos professores depois da aula não são a mesma coisa. A escola é feita por gente", sentencia.

Equipe: Bruna Gomes (produção), Luiza Galvão (reportagem), Antonio Soares (imagens), Marcelo Duarte (edição de imagens), Flávia Moraes e Renata Valentim (edição de conteúdo)