Artigo revela desigualdades no atendimento cirúrgico pediátrico
Pesquisa desenvolvida na UFMG, em parceria com universidades do Paraná, Canadá e EUA, contemplou atendimentos do SUS, entre 2010 e 2015
![Agência Brasília / CC BY 2.0 Hospital da Criança de Brasília: estudo ecológico transversal](https://ufmg.br/thumbor/vzKiKeMECSf3gz313A8mQ9L4BUs=/0x0:713x476/712x474/https://ufmg.br/storage/6/5/d/d/65ddb11cc516448dd9e5e4cc84e91a1a_15688194246866_1612945365.jpg)
Enquanto nas regiões Sul e Sudeste há quase sete cirurgiões pediátricos para cada milhão de crianças, a média não chega a três no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Nessas regiões mais pobres, muitas cidades não contam com um único hospital de referência (que presta atendimento especializado) em um raio de 120 quilômetros. Estima-se que mais de 6,5 milhões de crianças brasileiras vivam nessas localidades.
“Além do acesso aos cuidados, a infraestrutura hospitalar e o número de procedimentos realizados também são distribuídos de forma desigual pelo país”, afirma a administradora Núbia Cristina da Silva, pesquisadora e consultora do Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Administração (Cepead), núcleo da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG.
Núbia é coautora do artigo Disparities in surgical care for children across Brazil: Use of geospatial analysis, publicado no periódico Plos One, vinculado ao projeto Public Library of Science. “Nosso trabalho teve o objetivo de caracterizar a prestação de cuidados cirúrgicos para crianças em todo o Brasil e identificar a associação entre a disponibilidade de recursos e a taxa de mortalidade, visando fomentar a elaboração de políticas públicas de redução da mortalidade infantil”, informa a pesquisadora.
Os resultados da pesquisa são abordados na edição 2.072 do Boletim UFMG.