De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) cerca de 17 milhões de pessoas morrem de acidentes cardiovasculares por ano e os motivos são variados, podendo ser agravados com a idade e doenças associadas como diabetes e problemas de colesterol. Segundo o cardiologista da UFMG, Bruno Nascimento, a janela de salvamento é o tempo máximo para os primeiros socorros e precisa ser cumprida para que não ocorra sequelas ou até a morte de quem está passando pelo mal súbito. 

Um fator de risco destacado pelo médico, é o chamado "atleta de fim de semana”, quando a pessoa passa os cinco dias úteis  sem praticar nenhuma atividade e acaba realizando um esporte de alta intensidade apenas no fim de semana, no sábado ou domingo e algumas vezes nos dois dias. Isso aconteceu com Alexandre Alves quando jogava peteca em um clube de Belo Horizonte. Ele costuma jogar com os amigos, durante o fim de semana, e em uma das partidas quando fez um movimento brusco começou a passar mal. Em vídeos gravados por pessoas que estavam no local  é possível perceber o esforço dos colegas e da enfermeira do clube para mantê-lo vivo, por meio das massagens cardíacas e do uso do desfibrilador até a chegada da ambulância. Vale ressaltar que existe a lei municipal Nº 11.110, de 20 de março de 2018, que exige a presença de desfibriladores em clubes. 

A esposa de Alexandre, Luzia Antunes, sempre o acompanha nas idas ao clube, mas após essa situação confessa que fica sempre apreensiva e tenta evitar que ele exagere no esporte, que tanto gosta, para que não sofra algo grave novamente.

Entrevistados: Alexandre Alves, aposentado; Luzia Antunes, esposa do sr. Alexandre; Bruno Nascimento, cardiologista da Faculdade de Medicina - UFMG

Equipe: Luiza Galvão (produção e reportagem); Antônio Soares e Ângelo Araújo (cinegrafistas); Márcia Botelho (edição de imagens); Naiana Andrade (edição de conteúdo)