A presença de negros e negras na Universidade é tema do Conexões
A professora Rosy Isaías , do ICB, conversou sobre sua trajetória com a UFMG Educativa
20 de novembro celebramos o Dia da Consciência Negra. Criada em 2003, a data foi escolhida para homenagear a morte de Zumbi dos Palmares, símbolo da resistência contra a escravidão no Brasil, assassinado em uma emboscada das tropas coloniais, em Alagoas, no ano de 1695. Além de homenagear o líder do Quilombo dos Palmares, o dia é uma importante data de reflexão sobre o negro na sociedade brasileira.
Com 130 anos da abolição da escravidão, a população negra ocupa as piores colocações nos índices nacionais. Dados de 2018 do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que os negros estão mais expostos à violência, possuem maior taxa de analfabetismo e seguem sendo minoria nos cargos gerenciais, com uma renda mensal muito inferior à de brancos.
Por outro lado, começamos a caminhar: o último levantamento trouxe também um dado inédito. Pela primeira vez, o número de estudantes negros nas universidades públicas superou a de brancos, com pouco mais de 50% dos discentes. Mesmo assim, a população negra continua sendo sub representada nesse cenário, já que são 56% da população brasileira.
Como parte da programação para celebrar o Dia da Consciência Negra, a UFMG promove a exposição “Docência Negra”, no Espaço do Conhecimento. Aberta até o dia 30 de novembro, a mostra é fruto da pesquisa de quatro estudantes do curso de História e Ciências Sociais da Universidade e tem como objetivo dar visibilidade a professores negros e suas trajetórias. Além da exibição fotográfica e depoimentos dos professores, uma série de rodas de conversa e oficinas foram programadas.
Uma das oficinas, conduzida pela professora do Dep. de Botânica, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, Rosy Isaías, foi 'Por dentro das galhas', realizado com o grupo de pesquisa que coordena, apresentando o funcionamento dos micro-organismos que vivem dentro de plantas, flores e folhas, formando as galhas.
A professora Rosy Isaías conversou com o programa Conexões desta quarta-feira, 20.
A exposição “Docência Negra”, integra a programação do 10º FAN, Festival de Arte Negra de Belo Horizonte, dedicado a fortalecer as matrizes africanas presentes em nossa sociedade. A exposição “Docência Negra” é aberta ao pública, tem entrada franca, e pode ser visitada até o dia 30 de novembro. O Espaço do Conhecimento fica localizado na Praça da Liberdade, 700, Funcionários. Mais informações acesse ufmg.br/espacodoconhecimento.