Em regime remoto, estudantes do ICA voltam às aulas
Live de acolhimento realizada nesta segunda-feira marcou a retomada das atividades
O Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da UFMG, sediado em Montes Claros, retomou as atividades de graduação por meio do ensino remoto emergencial. Atualmente, 950 estudantes estão matriculados nos seis cursos oferecidos no campus.
No ICA, o planejamento de retorno vem sendo desenvolvido há quase dois meses. No dia 25 de junho, sua direção editou portaria que instituiu a Comissão de Acompanhamento do Retorno às Atividades Acadêmicas na Modalidade Ensino Remoto Emergencial. A comissão é formada por professores, técnicos e representantes de estudantes.
O professor André Luiz Athayde, que coordena a comissão, lembrou o esforço da Universidade para garantir a continuidade das atividades de forma responsável e planejada. “Ficou evidente, nos últimos meses, o que a UFMG quer dizer quando assevera que preza pela qualidade do ensino e por uma retomada segura das suas atividades acadêmicas”, disse ele, que escreveu artigo sobre a retomada publicado no site do ICA.
“A Universidade ressaltou, na prática, a sua preocupação com a equidade, ao levar em consideração a heterogeneidade de seu corpo discente, promovendo ações dentro de sua Política de Inclusão Digital. Essa instituição não ‘brinca’ de ser universidade, e somos privilegiados por fazermos parte dela”, reforçou ele, em seu texto.
O planejamento da retomada da graduação no campus foi realizado em sintonia com as orientações da UFMG. Em julho, foi publicada resolução do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), que regulamentou o ensino remoto emergencial para os cursos de graduação da UFMG em meio à pandemia de covid-19, e o calendário da retomada.
Novo cenário
Na noite desta segunda, o Programa de Inclusão, Convívio e Acolhimento (PRO-ICA) promoveu live de acolhimento à comunidade acadêmica. O evento inaugurou ciclo sobre o ensino remoto emergencial e seus desafios. Durante o bate-papo, integrantes do programa abordaram os direitos dos estudantes, o engajamento dos professores para evitar a evasão e a necessidade de adaptação das aulas para acessibilidade.
Uma das coordenadoras do programa, a professora Neide Oliveira comentou sobre a necessidade de colaboração de toda a comunidade e de um empenho especial dos professores para compreender as particularidades do novo cenário. “A figura do professor sempre vai existir como mediadora e facilitadora desse processo de aprendizagem”, destacou ela, que também esclareceu algumas dúvidas dos estudantes durante a apresentação.
Neide expôs suas reflexões sobre os desafios impostos pelo ensino remoto emergencial. “A palavra de ordem hoje é ‘reinventar’. Os estudantes com necessidades especiais encontram barreiras no ensino remoto. Como a comunidade acadêmica pode se reinventar para transpor essas barreiras? Melhorando a comunicação, o estilo de avaliação e o formato de transmitir o conhecimento ao estudante. Também é preciso estar aberto para receber o retorno desse aluno”, comentou.
A coordenadora do programa, Cláudia Regina Vieira, explicou que serão realizadas reuniões quinzenais para verificar se as demandas dos estudantes com deficiência estão sendo atendidas. “Conseguimos fazer contato com todos os nossos alunos atendidos pelo projeto e identificar as particularidades. E repassamos as informações aos coordenadores de colegiado para que os estudantes não sejam prejudicados neste período”, relatou.
Representantes da comunidade acadêmica enviaram mensagens de acolhimento aos colegas, que foram publicadas na página do ICA no Facebook.