Encontro na UFMG constrói propostas sobre direitos humanos para a sociedade e o próximo governo
Documento defende atuação estratégica da universidade e participação efetiva da população
A importância de a universidade retomar seu lugar estratégico na promoção, avaliação e monitoramento das políticas públicas de direitos humanos e a consolidação de mecanismos que possibilitem maior participação da população nessas ações norteiam algumas das principais propostas que compõem o documento Encaminhamentos para democratizar os direitos humanos, elaborado em evento sobre o tema realizado na última sexta, 25, na UFMG.
As propostas serão enviadas ao grupo técnico de transição encarregado de pensar a pauta de direitos humanos para o governo que assumirá o país a partir de 2023
O documento foi elaborado com contribuições de docentes, estudantes, técnicos e membros das comunidades interna e externa à Universidade, durante a terceira edição da Jornada de Direitos Humanos da UFMG. A construção das propostas também teve a participação de representantes da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae), do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e da Fump.
Com o tema Democratizar os direitos humanos, o evento reuniu as atividades de extensão da UFMG que desenvolvem ações com foco nos direitos humanos, representantes de movimentos sociais e de políticas públicas, parlamentares e parceiros externos. A jornada foi aberta pela reitora Sandra Regina Goulart Almeida e pela pró-reitora de Extensão da UFMG, Claudia Mayorga. O grupo teatral Trupe a Torto e a Direito apresentou a peça Os invisíveis.
O documento elaborado durante a jornada recomenda tornar os direitos humanos dimensão transversal a todas as políticas públicas, fomentar redes locais, nacionais e internacionais, instituir e ampliar dinâmicas, processos e estruturas na universidade que possibilitem a democratização permanente dos direitos humanos.
O evento contou com a presença da vereadora de Belo Horizonte Duda Salabert, que, nas eleições de 2022, se tornou a deputada federal mais votada da história de Minas Gerais e será a primeira transexual a ocupar uma cadeira no Congresso Nacional. Duda destacou os trabalhos desenvolvidos pelo grupo dedicado à pauta dos direitos humanos na equipe de transição do próximo governo, do qual faz parte. Ela se comprometeu a levar as propostas ao grupo.
A terceira edição da jornada integrou a programação do Novembro Negro UFMG e foi organizada pela Rede de Direitos Humanos e pela Universidade dos Direitos Humanos (UDH), diretoria vinculada à Pró-reitoria de Extensão (Proex).
O evento teve sua primeira edição em 2019. Em 2021, na segunda edição, passou a contar com a organização da UDH, o que potencializou as ações e trabalhos desenvolvidos na UFMG pelas Redes Interdisciplinares. Em 2022, o evento teve apoio do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes).
Outras informações estão no site oficial.