O Monte Everest é um dos mais conhecidos e difíceis de ser escalados. Até dezembro de 2020, segundo a base de dados do Himalaia, somente 5.294 pessoas conseguiram subir no "paredão". Para um dia alcançar esse feito, o caminho é começar a preparação com treinamentos em muros indoor, que, de acordo com o educador físico Edgardo Abreu, surgiram da necessidade da prática sem a interferência externa na natureza.  

Os especialistas avaliam que a escalada, se iniciada mais cedo, pode trazer grandes benefícios para crianças, principalmente na parte motora. O instrutor Vinicius Methon conta que seus alunos, que têm de 8 a 12 anos, aumentaram a força e a execução do movimento de pinça (posição dos dedos em que o polegar e o indicador se juntam para segurar um objeto pequeno) por meio dos exercícios e superaram outros desafios propostos durante as aulas.  

Uma das alunas de Vinícius é a Bianca de Melo, campeã mineira e brasileira de escalada infantil. Ela começou a praticar ainda na barriga da mãe, que é adepta do esporte, e, apesar de fazer outros exercícios, tem na escalada sua grande paixão. 

Alguns alunos da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) praticavam a escalada, porém a unidade não tinha uma área destinada a essa atividade. A professora Maria Cristina Rosa desenvolveu com seus alunos um ambiente que será inaugurado no próximo semestre. Um de seus colaboradores é o doutorando Luiz Nicacio. Ele conta que o muro foi instalado nos primeiros meses da pandemia e deve receber alunos da EEFFTO, do Centro Pedagógico, do Colégio Técnico (Coltec) e da comunidade externa. 

Equipe: Luiza Galvão (produção e reportagem), Ravik Gomes, Ângelo Duarte (imagens), Márcia Botelho (edição de imagens) e Naiana Andrade (edição de conteúdo)