Estudo patrocinado pela OMS investiga repercussões do Sars-CoV-2 na gestação
UFMG integra pesquisa mundial coordenada pela Unicamp no Brasil
Gestantes em pré-natal no Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh estão participando da pesquisa, intitulada “REBRACO/WHO – Rede Brasileira de Estudo sobre COVID-19 em Obstetrícia/WHO - Um estudo de coorte prospectivo para investigação dos resultados maternos, gestacionais e neonatais em mulheres e neonatos infectados pelo SARS-CoV-2”, com objetivo de desenvolver estratégias de cuidado em saúde para essa parcela da população.
As voluntárias passam por uma triagem, na qual são realizadas entrevistas e exames sorológicos para confirmar ou excluir infecção pelo novo coronavírus. Em seguida, elas são inseridas em quatro grupos – vacinadas com e sem covid, não vacinadas com e sem covid - e acompanhadas durante toda a gestação. No momento do parto, amostras de placenta, líquido amniótico e sangue do cordão são retiradas e enviadas para a Faculdade de Farmácia da UFMG, onde são realizadas as análises do material.
De acordo com o professor Mário Dias Corrêa Júnior, que coordena o braço do estudo no HC-UFMG, o risco à gestação é proporcional à gravidade da doença, podendo causar partos prematuros e pré-eclâmpsia.
Ambulatório Jenny Faria
O Ambulatório de Obstetrícia e Geriatria Jenny Faria, do Hospital das Clínicas da UFMG/Ebserh, onde são realizados os atendimentos da pesquisa, é referência no atendimento de grávidas de risco habitual e alto risco e atende, em média, 1 mil gestantes por mês. A equipe multidisciplinar conta com 11 profissionais, sendo dois preceptores, dois residentes, três acadêmicos, uma biomédica envolvida na coleta, uma professora da Faculdade de Farmácia e outras duas biomédicas na análise do material.
Equipe: Renata Valentim (produção, reportagem e edição de conteúdo), Lucas Tunes (imagens) e Otávio Zonatto (edição de imagens)