Livro joga luz às faces e manifestações apagadas do cânone do movimento modernista
'Modernidade em preto e branco', do historiador de arte Rafael Cardoso, aborda o desenvolvimento do modernismo para além da elite e do eixo paulista
Quando se fala do modernismo brasileiro, a primeira relação que vem à mente é a da Semana de 22, um movimento de elite e associado a um seleto grupo paulistano. Mas na realidade, o modernismo passou por diversas classes sociais e áreas geográficas no país. No livro Modernidade em preto e branco: Arte e imagem, raça e identidade no Brasil, 1890-1945, o historiador de arte Rafael Cardoso mostra e discute essas diferentes faces do movimento.
A obra faz uma releitura radical do modernismo e fala sobre seu desenvolvimento para além do eixo paulista. A partir de um panorama histórico que vai desde as primeiras favelas das décadas de 1890 e 1900 até a reinvenção do carnaval nos anos 1930 e 1940, Rafael Cardoso ilustra não apenas a formação do modernismo brasileiro, como parte da formação histórica do país.
Para saber mais sobre o livro, o programa Universo Literário desta quarta-feira, 16, recebeu o autor de Modernidade em preto e branco, o historiador de arte e membro do Programa de Pós Graduação em História da Arte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rafael Cardoso. Além de abordar a nova perspectiva trazida pela publicação, o convidado refletiu sobre as razões por trás do apagamento da cultura popular e da arte desenvolvida fora de terras paulistas do cânone do modernismo e as ligações entre o carnaval das décadas de 1930 e 1940 com o movimento. O historiador também falou sobre o processo de desenvolvimento e pesquisa para o livro e suas motivações para escrevê-lo.
Ouça a entrevista completa no Soundcloud.
Modernidade em preto e branco, de Rafael Cardoso, é publicado pela editora Companhia das Letras e pode ser encontrado no site ou em livrarias físicas e virtuais.
Produção: Alexandre Miranda e Nicolle Teixeira, sob orientação de Luiza Glória
Publicação: Enaile Almeida, sob orientação de Hugo Rafael