O objetivo do projeto da mão biônica é criar uma prótese tão sofisticada e eficiente como as oferecidas no mercado, mas com um valor muito mais em conta. Além do preço, outro diferencial importante da prótese é a inovação nos motores responsáveis pela movimentação da mão, que são bem menores e mais leves do que os convencionais. A pesquisa é a continuação de um projeto anterior de uma órtese de membro superior, desenvolvido no Laboratório de Bioengenharia da UFMG, LabBio. 

De acordo com o professor do departamento de Engenharia Mecânica e um dos coordenadores do projeto, Claysson Santos Vimieiro, toda a pesquisa tem mais de dez anos, mas nos últimos dois se iniciou o desenvolvimento da parte da prótese de mão, que envolve a mão biônica, a partir do doutorado, em engenharia mecânica, da aluna Rina Dutra. Hoje estão envolvidos alunos do mestrado, doutorado e graduação, além de professores de diferentes áreas. 

Segundo o professor, a previsão é de que ao longo do ano de 2022 seja possível completar todo o desenvolvimento da parte mecânica, eletrônica e de controle da mão, e a partir de 2023 ela possa se tornar acessível aos usuários. 

De acordo com a gestora de projetos do LabBio, Cida Fernandes, a existência de um laboratório multidisciplinar é de suma importância no desenvolvimento dos projetos, uma vez que quando profissionais de diferentes áreas podem trabalhar em equipe, o resultado do produto é muito mais assertivo. 

De acordo com a gestora, cada projeto de pesquisa que é desenvolvido no laboratório é coordenado e executado por uma equipe de pesquisa multidisciplinar que engloba pesquisadores da área biológica - veterinária, medicina, odontologia, fisioterapia, educação física, terapia ocupacional e biologia - e também da área de engenharia, como da mecânica, química, elétrica e de controle e automação.

Equipe: Maria Carolina Martins (produção); Otávio Zonatto (edição de imagens); Jessika Viveiros (edição de conteúdo)