Polícia Federal justifica abertura de inquérito contra professora estrangeira da UFMG
Investigação foi suspensa pela Justiça
O superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, Sérgio Menezes, confirmou hoje à tarde, em entrevista coletiva, que o inquérito policial contra a professora italiana Maria Rosaria Barbato, da Faculdade de Direito, foi aberto em março deste ano com base em denúncia anônima feita em agosto do ano passado.
“Algumas pesquisas realizadas nas redes sociais indicam que havia uma atuação sindical e associativa da professora. Mas isso seria esclarecido no curso da investigação. Inquérito policial não é peça de acusação”, justificou Menezes durante a coletiva. A investigação foi aberta com base na Lei 6.815/1980, que proíbe a participação de cidadãos estrangeiros em atividades político-sindicais.
Na noite da última terça-feira, 17, o Ministério Público Federal (MPF) obteve habeas corpus que suspende a investigação até que o mérito da ação seja analisado. Na decisão, o juiz federal Murilo Fernandes de Almeida dispensou a professora de comparecer ao interrogatório marcado pela PF para 20 de julho.
Maria Rosaria Barbato recebeu apoio da Diretoria e da comunidade da Faculdade de Direito – três professores da Unidade se ofereceram para defendê-la durante a investigação – e da Reitoria da UFMG. Na última segunda-feira, ela foi recebida pelo reitor Jaime Ramírez e pela vice-reitora Sandra Goulart Almeida.
Ouça trecho da entrevista do delegado Sérgio Menezes: