Bancos de dados são plataformas que contém informações de sistemas e cadastros. Em alguns deles, especialmente na área da saúde, são armazenados dados como perfil genético de portadores de doenças e também de pacientes. Com esses bancos e o avanço da tecnologia, explica o professor Wagner Meira, do Instituto de Ciências Exatas da UFMG (ICEX), a possibilidade de se encontrar informações se amplia com esses sistemas: “originalmente, era necessário que eles tivessem terminais específicos e plataformas computacionais dedicadas para realizar esse acesso.” Ainda segundo o professor, a internet foi revolucionária para a área.  “A maioria dos bancos de dados são acessados a partir de interfaces da web, que são fáceis de serem preenchidas e estão presentes em praticamente todos os dispositivos.” 

Quando uma pessoa se dispõe a ser doador de medula óssea, por exemplo, é fundamental, segundo especialistas, que se ela mudar o número de telefone ou de endereço, que os novos dados sejam incluídos nas plataformas que conectam doadores e pacientes. Foi o caso de Lillian Alves. Após o diagnóstico de leucemia mieloide, em 2019, a procura por um doador compatível na família não teve sucesso. Mas a esperança do tratamento não parou por ali. Lilian e a equipe médica recorreram a um banco de dados, o Registro Nacional de Receptores  de Medula Óssea (REREME). Nele, encontraram dois doadores compatíveis. Com isso, Lilian realizou o transplante. Já Lucas Barbosa, também preencheu um cadastro no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) para ser um doador de material genético para ser doado caso ele fosse compatível com algum dos pacientes cadastrados no REREME. Em pouco tempo, Lucas foi chamado para fazer a doação. A “sorte” de encontrá-lo foi que Lucas havia atualizado o cadastro no sistema meses antes. “É um ato único.  Então, a gente fica muito feliz, muito grato de estar ajudando alguém com uma coisa tão simples”. 

IMPACTOS DA COVID-19 

Devido à pandemia, o número de doações de medula, segundo dados do REDOME caiu 30% de janeiro a julho de 2021 com relação ao mesmo período do ano passado. O percentual de queda de atualizações de contatos na plataforma de doações REDOME teve a mesma proporção. Cerca de 30% dos usuários cadastrados estão com os números de telefone, e-mails e endereços desatualizados.  

Para garantir facilidade no procedimento, o REDOME lançou, neste ano, um aplicativo da plataforma para dispositivos IOS e Android. Por ele, o usuário pode atualizar seus dados e agendar a data para dar início ao processo de se tornar um doador, que nesse caso, é presencial. O cadastro funciona de forma diferente em cada cidade, por isso é importante acessar a página do REDOME para verificar a lista dos locais para cadastramento. 

Ficha técnica: 

Produção: Soraya Fidelis e Victor Rocha  

Imagens: Redes Sociais, Pexels, Redome/ Inca e Federassantas 

Edição de imagens: Marcelo Duarte 

Edição de conteúdo: Naiana Andrade