Professores da UFMG apresentam a cultura do Mangá
Da bagagem imagética do Japão até os gêneros textuais
O mercado de mangás oferece publicações de leituras diversas, tanto em temas quanto em faixa demográfica de público. Em vídeo para a TV UFMG, o professor Daniel Werneck, do Departamento de Fotografia e Cinema da UFMG apresenta as principais distinções entre os produtos e como é feita a categorização do mercado. Acompanhe, também, o relato da professora do Departamento de Sociologia da UFMG Yumi Garcia dos Santos, que morou no Japão por oito anos.
A origem do mangá moderno é ligada, em parte, ao término da Segunda Guerra Mundial. Nas décadas seguintes, o Japão passou por intensa modernização e crescimento econômico, com crescimento do PIB de 17% por ano, entre 1960 e 1970. A área artística acompanhou as inovações tecnológicas, com novas formas de animação e desenho impresso.
Foi durante essa época que o renomado mangaká - como são chamados os autores de mangás - Osamu Tezuka (1928-1989) criou obras como “Astro Boy” e “Simba”, sob a influência estética de cartoons, em especial os da Disney. Apelidado por fãs de “Manga no Kamisama” - deus dos mangás, ele foi um dos grandes impulsionadores do mercado, cuja influência impacta até hoje nas produções nipônicas, com a permanência de expressões exageradas, quadros baseados em noções cinematográficas e onomatopeias inseridas em momentos de ação herdadas de suas obras.
O legado das imagens gráficas no Japão tem ligações ainda mais antigas. Durante o período Edo (1603 – 1868), por exemplo, foram desenvolvidas as Ukiyo-e, estampas similares às xilogravuras, que ilustravam, majoritariamente, o cotidiano, casas de teatro ou chá e até lendas, desastres ou viagens.
Entrevistados:
Daniel Werneck – prof. Departamento de Fotografia e Cinema – UFMG;
Yumi Garcia dos Santos - prof.ª Departamento de Sociologia – UFMG.
Equipe: Victor Rocha (produção, reportagem e imagens);
Marcia Botelho (edição de imagens);
Jessika Viveiros (edição de conteúdo)