Risoleta Neves é o mais efetivo em doação de órgãos
Relatório de 2018 compara hospitais de perfil semelhante na Região Metropolitana de BH
O Hospital Risoleta Tolentino Neves (HRTN) alcançou, em 2018, o melhor índice de conversão em doação de órgãos para transplantes na comparação com hospitais de mesmo perfil de atendimento à urgência e emergência, conforme relatório produzido pela Organização de Procura de Órgão (OPO Metropolitana) do programa MG Transplantes.
O Hospital se destacou na Região Metropolitana de Belo Horizonte com 22 protocolos concluídos e 15 doações efetivadas. Esses números representam o triplo de eficiência em relação ao ano anterior, quando foram abertos 10 protocolos e realizadas seis doações. Os números da central de captação do Estado mostram que o Risoleta Neves atingiu 60% de doações efetivadas.
"Esse é um dado muito positivo, resultado da eficiência e trabalho integrado das equipes assistenciais juntamente com a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante", ressalta a enfermeira Priscila Xavier, Referência Técnica da CIHDOTT do Hospital Risoleta Neves.
O HRTN contabilizou 139 pessoas beneficiadas pela doação de órgãos e globos oculares. Foram concretizadas quatro doações de pâncreas, três de coração, oito de fígado, 15 de rins e 47 de córneas — em relação aos dois últimos órgãos, o número de potenciais receptores é duplicado.
Trabalho da comissão
Para aprimorar o trabalho, a Comissão Intra-hospitalar do HRTN realiza treinamentos de capacitação das equipes assistenciais, o que resulta em uma adequada abordagem familiar e na rápida identificação e notificação de potenciais doadores. Isso favorece a viabilidade do órgão para a doação. "Atingir um índice de conversão tão significativo nos traz uma alegria enorme, pois comprova que temos adotado boas práticas e prestado nosso atendimento com eficiência", afirma Priscila Xavier.
O Hospital Risoleta Tolentino Neves, que é administrado pela UFMG por meio da Fundep, possui 340 leitos distribuídos entre Pronto Socorro, CTI, enfermarias clínicas, cirúrgicas e maternidade. Sua atuação, que se dá integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), alcança o eixo norte da Região Metropolitana da capital, onde moram cerca de 1,1 milhão de pessoas.